domingo, 16 de março de 2014

Senadores querem reformas de Jango no Brasil de hoje


                             

Comício da Central ou Comício das Reformas, realizado no dia 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro, Praça da República, situada em frente à Estação da Central do Brasil
NO 50º ANIVERSÁRIO DO COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL, SENADORES REVIVEM REFORMAS


Os senadores Roberto Requião, Pedro Simon e Cristovam Buarque reapresentam nesta quinta-feira (13) duas das propostas de Reformas de Base anunciadas pelo presidente João Goulart no dia 13 de março de 1964, no Comício da Central do Brasil , no Rio de  Janeiro, ato que apressou o golpe militar que, por mais de 20 anos, estabeleceu uma ditadura no país. A intenção é suscitar o debate sobre as reformas de Jango, ainda hoje extremamente atuais, segundo os senadores.

A reunião que decidiu a iniciativa foi realizada no gabinete do senador Requião. Inaugurando o debate sobre as cinquentenárias propostas de Goulart, os senadores vão reapresentar os projetos de reforma agrária e a da definição de que seja “empresa brasileira de capital nacional”.

Quanto à primeira, os senadores retomam a idéía do ex-presidente de desapropriação das margens improdutivas de ferrovias e rodovias, para a instalação nos espaços de agricultores familiares, voltados à produção de alimentos.

Em relação à segunda reforma, Requião, Simon  e Cristovam recuperam a definição de empresa nacional,  descaracterizada pelas reformas neoliberais de Fernando Henrique Cardoso.

“Cinquenta anos depois,  as Reformas de Base lançados por Jango no Comício da Central ainda são um programa revolucionário de governo. E tal qual meio século atrás, continuam necessárias e urgentes,para que o país se desenvolva, torne-se menos desigual e firme sua independência”,  disse o senador Requião.

Os senadores vão propor ainda que as duas reformas a serem reapresentadas sejam submetidas a referendo nacional.  A ideia de Jango era submeter  as Reformas  de Base a plebiscito.

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