quarta-feira, 26 de março de 2014

Agência classificada como                 ‘estelionatária’ reduz notas de 13 bancos brasileiros                                   

26/3/2014 11:42  -  Por Redação - de São Paulo     Jornal Correio do Brasil - Notícias online
Em sua avaliação, a mudança da perspectiva pela S&P não ocorreu por culpa do governo brasileiro
A mudança da perspectiva pela S&P culpa o governo brasileiro por reduzir a capacidade de pagamento
agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), caracterizada como ‘estelionatária’ por um dos mais renomados economistas brasileiros, Luiz Gonzaga Belluzzo, voltou a alertar aos investidores quanto à redução na capacidade de empresas, no país, de cumprir com os seus compromissos financeiros. A agência reduziu a nota de crédito, em escala global, de 13 instituições financeiras nacionais, em função do rebaixamento da nota soberana do país, anunciada no último dia 24.
agência também informou que colocou em observação com implicações negativas o rating (nota) global de 17 instituições financeiras e a nota em escala nacional de 26 instituições. Essas implicações negativas indicam possibilidade de corte da nota no futuro. As instituições que tiveram a nota rebaixada foram Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú Unibanco, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bradesco, Itaú BBA, Citibank, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Santander, Sul América, Sul América Companhia Nacional de Seguros e Allianz Global.
Com exceção da SulAmérica, as companhias que foram rebaixadas continuam com o grau de investimento, ou seja, o selo de bom pagador concedido pela agência norte-americana, a mesma que fez vista grossa para os pacotes financeiros recheados de crédito de alto risco, os subprimes, que deram origem à atual crise econômica dos países desenvolvidos. Os papéis da seguradora estavam no grau especulativo (com probabilidade maior de calote) antes mesmo da nova decisão da S&P.
Segundo a Standard & Poor’s, a decisão de diminuir as notas das 13 companhias se deve ao fato de os portfólios de crédito e investimento estarem “altamente expostos” ao títulos do governo brasileiro. “Essas entidades também estão expostas às dinâmicas da economia brasileira”, acrescentou, em nota. Além disso, a S&P colocou sob perspectiva negativa as notas de 17 companhias. Isso significa que elas poderão também ser rebaixadas nos próximos meses.
A lista das empresas que estão sob risco de rebaixamento é formada por Banco ABC Brasil, BMG, PNB Paribas, BTG Pactual, Banrisul, Daycoval, Fibra, Banco do Estado do Pará, Banco Gerador, Banco Original, Banco Mercantil do Brasil, Banco Intermedium, Banco Original do Agronegócio, Banco Pine, Pan, Safra, Votorantim, Safra, BRB, BM&FBovespa, BES, BDMG, Paraná Bancos, J. Malucelli Seguradora, J. Malucelli Resseguradora e Votorantim Finanças.
Na segunda-feira, a S&P reduziu a nota de risco do Brasil de “BBB” para “BBB-”, o nível mais baixo do chamado grau de investimento. Isso significa que, apesar de ainda ser considerado um mercado seguro para investir, a instituição está menos confiante na capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.
No dia seguinte (AQUI) ao anúncio, no entanto, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, reagiu bem, com alta de 0,39%, o sétimo pregão consecutivo de valorização. O dia tranquilo no mercado ocorreu em grande medida, de acordo com analistas, porque os investidores já esperavam que o rebaixamento fosse feito em algum momento. E, nesse cenário, os preços dos ativos brasileiros, como ações, já vinham sofrendo descontos. No ano, até terça-feira, o Ibovespa caía 6,46%.

Nenhum comentário: