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AÉCIO QUER CPI DA PETROBRAS, MAS FHC(QUE BOLOU EM SEU GOVERNO A MUDANÇA DE NOME PARA 'PETROBRAX', A FIM DE PRIVATIZÁ-LA COM APOIO DE SERRA) DÁ UM 'CHEGA PRA CÁ, VALENTE!' NO TUCANO 'MINEIRIM' E MANDA ELE FICAR QUIETO...
No mesmo dia em que o pré-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves (MG), afirmou em coletiva de imprensa que os partidos de oposição estão se articulando para instalar a CPI da Petrobras, ex-presidente Fernando Henrique disse que o "momento eleitoral não é o mais propício" para a investigação; "Não sou favorável a partidarizar", declarou FHC; ele acrescentou, porém, que "se o governo não apurar direitinho [a compra da refinaria de Pasadena], abre espaço [para a CPI]"; gestão FHC também teve negócios polêmicos, mas o tucano criticou que a empresa "deu marcha à ré" no governo Lula
247 – Depois que o governo federal divulgou um posicionamento oficial sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, em 2006 – negociação que é alvo de investigação por suspeita de superfaturamento – a criação de uma CPI no Congresso tem sido a maior defesa da oposição. Hoje, o presidente do PSDB e pré-candidato à presidência, senador Aécio Neves (MG), defendeu a proposta em coletiva de imprensa e disse que os partidos de oposição estão se articulando para criar a comissão.
Em discurso na tribuna do Senado, nesta quarta-feira, Aécio disse que a resposta do governo sobre o caso era "insuficiente" para esclarecer a população. Por isso, defendeu ser necessária a ideia de uma investigação para apurar as circunstâncias e as pessoas envolvidas na operação. Em nota, o governo afirmou que a autorização da compra foi baseada em um relatório "falho" e com "informações incompletas". Na época, a presidente Dilma Rousseff presidia o conselho administrativo da estatal.
Nesta mesma quinta-feira, porém, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB, colocou o pé no freio. FHC disse ser contrário à criação da CPI da Petrobras, para investigar o episódio. "Acho que o momento eleitoral não é o mais propício. Não sou favorável a partidarizar", declarou ao jornal O Estado de S. Paulo, depois de uma palestra em São Paulo. Ele acrescentou, no entanto, que "se o governo não apurar direitinho, abre espaço [para CPI]".
Apesar de sua gestão ter sido responsável pelo negócio mais polêmico da estatal – quando o presidente da empresa, Henri Reichstul, tentou mudar o nome para Petrobrax e deu 30% de uma refinaria no Rio Grande do Sul para a empresa espanhola Repsol, operação que pode ter dado prejuízo bilionário à companhia (leia mais aqui) - FHC criticou a "marcha a ré" que a empresa deu durante o governo de seu sucessor, o ex-presidente Lula.
"Nós transformamos a Petrobras em uma corporation, uma empresa, não uma repartição pública. Para isso, tem que tirar a influência dos partidos. No governo anterior ao atual, deu marcha à ré e o resultado está aí, com escândalo nos jornais", disse. Especificamente sobre o caso de Pasadena, ele disse não querer "culpar ninguém" e lembrou que a culpa "não é só" da presidente Dilma, então presidente do conselho. Mas defendeu que "quando se erra se paga a consequência".
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