terça-feira, 9 de junho de 2015

Bomba!!! ACM   Neto   às vésperas  de  se tornar o novo 'socialista' do PSB?

Altamiro Borges

Resultado de imagem para Charge sobre ACM Neto no PSB
Beto Albuquerque(esq.), padrinho de ACM Neto no PSB(dir.) 
Saiu no site da revista Época nesta segunda-feira (8):

Após o fracasso na tentativa de fusão entre Democratas e PTB, o prefeito de Salvador, ACM Neto, negocia a saída do DEM e a transferência para três partidos: o PDT, sigla que ele já vinha conversando desde o ano passado; o PMDB que o convidou; e agora ele passou a sonhar com a ida para o PSB. Seu padrinho entre os socialistas é o ex-deputado Beto Albuquerque, candidato a vice presidente na chapa de Marina Silva. Beto consultou a senadora baiana Lídice da Mata, principal figura do PSB no estado, que resiste em ser companheira de Neto na mesma legenda. Ela foi uma das adversárias mais duras do avô do prefeito, o senador ACM, já falecido.

A notinha, assinada pelo repórter Leonel Rocha, tem uma chamada irônica: "Estrela dos Democratas, prefeito de Salvador poder virar socialista". Se não for pura especulação da revista Época, a filiação do "grampinho" - como ACM Neto é carinhosamente chamado pelos baianos - será mais uma prova da acelerada direitização do PSB. 

Nas eleições presidenciais do ano passado, esse processo ficou nítido com o apoio da legenda ao cambaleante Aécio Neves. Na sequência, setores mais a esquerda da sigla foram alijados da sua direção. Nas últimas semanas, a cúpula partidária acelerou a negociata para a fusão com o PPS do coronel Roberto Freire - o que causou forte resistência interna. Agora, a possível filiação da principal referência dos demos no cenário político brasileiro.

Diante dos vários sinais de degradação ideológica e de oportunismo político, o ex-dirigente da sigla, Roberto Amaral, já havia se rebelado. Em artigo intitulado "O harakiri do PSB", postado no início de maio, ele advertiu a militância para o triste processo em curso. Argumentou que a fusão com o PPS, "a excrescência reacionária da direita", resultaria num partido que seria "o grande satélite do PSDB". Lembrou a criação da sigla por "socialistas históricos", que estariam envergonhados com as filiações de direitistas históricos, como os ex-demos Heráclito Fortes (PI) e o clã Bornhausen (SC) e concluiu:

"A fusão [ao PPS], portanto, é apenas o clímax de um processo de grave decadência ético-ideológica. Uma vertiginosa trajetória de declínio político e renúncia moral, orientada pelo ganhar a qualquer custo. Uma vez mais – e não pela última vez – os fins justificam os meios, ainda que espúrios. Essa fusão é moralmente inaceitável, é o ponto final do PSB. É o sepultamento, no seu programa, do socialismo, do nacionalismo e da prática de uma política de esquerda. No entanto, é processo natural no PSB de hoje, que nada tem a ver com o PSB de seus fundadores... Esse neo-PSB me causa engulhos". Talvez Roberto Amaral nem soubesse das negociações de bastidores com ACM Neto...

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