Michelle Morais de Sá e Silva
Não têm sido incomuns os relatos na mídia sobre famílias brasileiras de classe média que decidiram se mudar para os Estados Unidos. Alguns vêm temporariamente, para estudar, mas outros pretendem fazer carreira e futuro por aqui. Em vários desses relatos emerge o argumento sobre a qualidade da educação, buscada por essa crescente onda de imigrantes do Brasil.
Os que vêm em busca de uma pós-graduação rigorosa e intensiva costumam se encantar com a excelência dos programas. Além disso, frequentemente conseguem fazer face ao preço cobrado pelas universidades por meio dos programas de bolsa e incentivo oferecidos pelo governo brasileiro, como o Ciência sem Fronteiras e outros programas do Ministério da Educação.
No entanto, os que buscam educação de qualidade para seus filhos, seja no ensino fundamental ou médio, costumam se deparar com uma realidade bem menos glamorosa. As escolas privadas, invariavelmente caras, cobram taxas de no mínimo 30 mil dólares pelo ano letivo. Uma vez descartada essa possibilidade, resta o sistema público que, mesmo no coração do mundo acadêmico norte-americano, tem qualidade no mínimo questionável.
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade Harvard são famosos mundo afora por sua excelência acadêmica, tendo formado líderes globais como o Presidente Barack Obama e tendo quase formado Mark Zurckerberg. No entanto, o distrito educacional de Cambridge, município em que se situam essas universidades, congrega escolas públicas com sérias dificuldades.
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