Brasileiros na ONU

José Graziano da Silva  reeleito

diretor-geral da FAO                  

Um dos formuladores do 'Fome Zero' no 1º governo Lula, ele foi reconduzido, para um segundo mandato, por 177 dos 182 países com assento na ONU...

(Edição: AMgóes)

A  notícia a seguir ganhou alguns segundos no Jornal Nacional, na edição do sábado 6 de junho, com detalhes meramente formais(AQUI) sobre o personagem, um ilustre brasileiro de reconhecida competência mundo afora: "José Graziano da Silva foi reeleito hoje para o cargo de diretor-geral da FAO - a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Um dos responsáveis pelo programa 'Fome Zero', durante o governo Lula, Graziano foi reconduzido para um segundo mandato com o voto de 177 dos 182 países. Vai comandar a agência da ONU até julho de 2019." E ponto final. Afinal, as organizações Globo jamais festejariam a relevante carreira internacional de um renomado ativista do PT...

Contrariamente, a morte em acidente, esta semana, de um cantor 'sertanejo' de Goiás(AQUI) recebeu generosos(e lacrimejantes) espaços na mídia 'global', induzindo a(fabricada) comoção 'nacional'(?)  por uma (sempre lamentável) tragédia, mais uma das tantas de nosso violento cotidiano nas estradas, circunscrito aos frios números das estatísticas oficiais, face à 'obscuridade' das vítimas.

Voltando à FAO, conheçamos AQUI  a proeminência global(sem aspas) desse organismo das Nações Unidas.

E, AQUI, o primeiro brasileiro, JOSUÉ DE CASTRO(médico, antropólogo, professor e cientista social pernambucano, além de embaixador em Genebra), notabilizado na instituição criada em 1945, cuja sede fica na capital italiana, por sinal cassado pela ditadura dos militares e civis fascistas em 1964(com direitos políticos suspensos por 10 anos) , face a suas 'ideias esquerdizantes' e, consequentemente, 'subversivas'. Consagrado autor, entre outras obras, de 'Geografia Humana'(1939), 'Geografia da Fome'(1946), 'Geopolítica da Fome'(1951) e outros 30 títulos dedicados à temática socioeconômica do planeta, foi traduzido em idiomas de todos os continentes.

Exilado em Paris, onde sequenciou suas pesquisas com apoio de instituições internacionais, morreu amargurado em 1973, aos 65 anos.

Abaixo, o filme de Sílvio Tendler, 'Josué de Castro - cidadão do mundo':