Folha liga a Lula ex-diretor da
Odebrecht que ficou no cargo
durante mandatos de FHC
Jornal GGN
- Dos quatro detidos na 14ª fase
da Operação, na última sexta-feira (19), três executivos ligados às
empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram liberados, depois que o prazo
de cinco dias da prisão temporária venceu. O ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, teve a temporária convertida
em preventiva, por ordem do juiz Sergio Moro.
Ao noticiar o fato, a Folha de S. Paulo
preferiu manchetar: "Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide
juiz". O que se afirma no título não é explicado na própria reportagem.
Apesar de indicar que Alexandrino é citado como "um dos principais elos da
empresa com políticos", a referência ao ex-presidente não é mencionada no
conteúdo do texto.
O objetivo de manter o executivo
preso é apurar a acusação feita por Paulo Roberto Costa de pagamento de
propinas de US$ 30 milhões, nos últimos anos pela Braskem, ao ex-diretor da
Petrobras e ao ex-presidente do PP, José Janene.
Segundo crítica no Brasil 247, Alexandrino esteve no grupo
Odebrecht durante todo o governo de Fernando Henrique Cardoso, intermediando
negociações, como a criação da Braskem, empresa resultante da fusão entre os
ativos petroquímicos da Odebrech e da Petrobras.
"Surgida na era tucana, a
Braskem, segundo muitos analistas, foi decisiva para evitar a bancarrota do
grupo Odebrecht, que é também um dos principais contratantes de palestras do
ex-presidente Fernando Henrique e também financiador do iFHC", publicou o
Brasil 247. "Nem por isso, no entanto, Alexandrino é apresentado pela
Folha como 'ex-diretor ligado a FHC'", completa.
Da Folha de
S. Paulo
Ex-diretor
ligado a Lula continuará preso, decide juiz
Para Moro, Alexandrino de Alencar,
executivo que era da Odebrecht, tinha 'papel relevante' no esquema
Em despacho, juiz chamou de
'inusitado e parcial' o comunicado feito pela empreiteira em jornais do país
O ex-diretor da Odebrecht Alexandrino
Salles de Alencar, um dos principais elos da empresa com políticos, seguirá
preso por tempo indeterminado. A decisão é do juiz federal Sergio Moro, que
converteu a prisão de temporária em preventiva nessa quarta (24).
O juiz aproveitou para defender as
prisões decretadas na última fase da Lava Jato, criticando o "inusitado e
parcial comunicado" que a Odebrecht fez nos principais jornais do país na
segunda (22).
No texto, a empresa nega estar
envolvida em cartel, corrupção e fraude a licitação em obras da Petrobras e diz
que as prisões foram uma "afronta aos princípios mais básicos do Estado de
Direito", pois se baseariam em equívocos de interpretação (...).
Nenhum comentário:
Postar um comentário