quinta-feira, 11 de junho de 2015

Não é só a China que quer investir

no Brasil. Europeus também, e sem 

espionagem dos EUA                       

 Nilson Lage, ESPECIAL               
cabos
A União Europeia vai aplicar US$ 30 milhões na instalação do cabo de fibra ótica que unirá Fortaleza, no Brasil, a Lisboa, em Portugal, sem passar pelos Estados Unidos.

A nova conexão, um projeto brasileiro com custo superior a US$ 180 milhões, servirá a todos os países da América do Sul, com maior confiabilidade – menor risco de espionagem – e economia calculada em 15%.

O anúncio da participação europeia foi feito na reunião de cúpula de países europeus e latino-americanos de que participa a Presidente Dilma, em Bruxelas.

Veja a reportagem da Deutsche Welle, agência alemã de notícias, com grifos do Tijolaço.

A União Europeia (UE) destinará 26,5 milhões de euros para a construção do cabo submarino de fibra óptica que ligará o Brasil à Europa, anunciou nesta quarta-feira (10/06) o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas, durante a cúpula entre líderes da UE e da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

O cabo submarino partirá de Lisboa até Fortaleza e será a primeira ligação direta desde tipo entre América Latina e Europa. Atualmente qualquer comunicação digital entre os dois continentes precisa passar pelos Estados Unidos. A construção beneficiará não somente o Brasil, mas todos os países latino-americanos.

De acordo com o anúncio, as obras de construção devem começar o mais breve possível. Seu prazo de conclusão é 2017. O projeto é uma parceira público-privada formada pela brasileira Telebras e pela espanhola Islalink.

Fontes da União Europeia afirmaram que a Europa tem um interesse especial no projeto, que será um apoio importante para o desenvolvimento de políticas de cooperação em áreas como inovação, pesquisa, desenvolvimento regional e educação.

A Telebras anunciou a construção(aqui)
 
do cabo submarino no início de 2014. O valor estimado do projeto era de 185 milhões de dólares (cerca de 430 milhões de reais). A empresa acredita que a alternativa de transmissão de dados gerará uma economia em torno de 15% em relação aos custos atuais. Parte dela poderia ser repassada ao consumidor.

Além do cabo submarino, a UE pretende financiar projetos em outros países da América Latina. O montante total destinado aos latino-americanos é de 118 milhões de euros que serão direcionados, principalmente, para os setores de transporte e energia.

PS do Tijolaço: dá pra ver como, mesmo com minguados investimentos, telecomunicações seguras e confiáveis são importante para eles, ao ponto de destinarem a esta área um quarto dos investimentos.

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