Mídia escancara falcatrua do ex-diretor da Petrobras, mas ‘esquece’ os cúmplices, empresários ligados ao
DEM e PSDB
Do AMgóes - Via de regra, o senso comum costuma 'se emprenhar'(pelos olhos e ouvidos) com as notícias bombásticas que lhe chegam, via de regra, através da revista Veja e do Jornal Nacional. As pessoas, em sua boa fé, transformam tais versões em 'bíblia' e aí começa a festa, com a reprodução na internet, mobilizando as redes sociais de relacionamento(e-mails, facebook etc).
Voltemos à notícia de quase um mês atrás, que nos leva a compreender como os poderosos veículos do PiG cuidam em induzir a opinião pública quanto à existência de uma 'organização criminosa' reinante nos bastidores da Petrobras, clamando por uma 'faxina' para 'salvar' a empresa estatal.
O objetivo: 1) desviar o foco investigativo sobre as relações do ex-diretor(servidor de carreira, até então detentor de brilhante desenvoltura administrativa) com sequazes 'de fora', 'coincidentemente' ligados ao DEM e ao PSDB; 2) minar o governo Dilma no ano eleitoral que, sejamos francos, deixou durante várias semanas o barco correr livre, leve e solto, até decidir pelo contra-ataque, embora mais 'técnico' que 'político'(esta, sem dúvida, a mira exclusiva da oposição).
Voltemos à notícia de quase um mês atrás, que nos leva a compreender como os poderosos veículos do PiG cuidam em induzir a opinião pública quanto à existência de uma 'organização criminosa' reinante nos bastidores da Petrobras, clamando por uma 'faxina' para 'salvar' a empresa estatal.
O objetivo: 1) desviar o foco investigativo sobre as relações do ex-diretor(servidor de carreira, até então detentor de brilhante desenvoltura administrativa) com sequazes 'de fora', 'coincidentemente' ligados ao DEM e ao PSDB; 2) minar o governo Dilma no ano eleitoral que, sejamos francos, deixou durante várias semanas o barco correr livre, leve e solto, até decidir pelo contra-ataque, embora mais 'técnico' que 'político'(esta, sem dúvida, a mira exclusiva da oposição).
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Relacionamento pluripartidário de ex-diretor da Petrobras explica cautela com CPI
Paulo Roberto da Costa tem contatos em vários partidos, que parecem fazer da criação da comissão investigativa mero jogo de cena, temerosos de que apuração lhes bata à porta
Helena Sthephanowitz publicado em 26/03/2014 12:56
PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS
Na terça-feira (25/3), a edição do Jornal Nacional levou ao ar uma reportagem com trechos do relatório confidencial vazado da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato. Mostrou um diálogo telefônico entre o doleiro Alberto Youssef, preso na operação, e um interlocutor cujo nome foi estranhamente omitido pelo telejornal. Ambos conversavam sobre pagamentos, inclusive para um Paulo Roberto. A Polícia Federal suspeita que se trataria de propina para o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa relacionadas a obras na Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
Também na terça feira, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma matéria mais completa, informando que o diálogo ocorreu no dia 21 de outubro de 2013 e o interlocutor era o empresário Márcio Bonilho, sócio-proprietário da empresa Sanko-Sider Ltda, fornecedora de tubos de aço, inclusive para a indústria de petróleo.
Márcio Bonilho já fora preso em outra operação da PF, chamada João de Barro(2008), que investigou deputados e prefeituras sob acusação do desvio de
dinheiro em obras de saneamento e casas populares. Naquela operação, também foi
preso Edson José Fernandes Ferreira, que fazia dois trabalhos na época. Trabalhava na Sanko vendendo tubos e como'assessor parlamentar' no gabinete da liderança do DEM, quando o líder era o senador José Agripino.
Paulo Roberto da Costa(foto à esquerda) foi engenheiro de carreira na Petrobras, onde ingressou em 1977, subindo de cargos até ocupar altos postos de superintendência, gerência e direção a partir da década de 1990, segundo seu currículo. O jornal Estadão apurou que Costa era bem relacionado no mundo político e circulava com desenvoltura pelo Congresso, onde mantinha contato com vários partidos.
O papel manuscrito apreendido pela Polícia Federal entre os pertences de Costa é uma tabela relacionada com financiamento de campanhas, vaga ao não discriminar candidatos, nem partidos, nem valores. O Jornal Nacional,que teve acesso ao documento, tirou foco de parte das informações para se tornarem inelegíveis pelo telespectador.
Costa também mantinha proximidade com o governador Eduardo Campos (PSB-PE), o que pode ser explicado pela construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Perguntado, o governador confirmou que conhece o ex-diretor da Petrobras e só desconhecia o envolvimento dele em ilícitos.
O amplo leque de relacionamento com parlamentares de diversos partidos explica a cautela e o receio, inclusive da oposição, com uma CPI, apesar do jogo de cena feito diante dos holofotes da mídia.
O governo de Dilma Rousseff tem sofrido um massacre no noticiário sobre o assunto, reagindo pouco e deixando correr, o que só pode ser explicado pela possível convicção de que o aprofundamento no assunto acabará por atingir mais seus oponentes do que seu governo.
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