Dilma: a Petrobras vai resistir a quem sempre quis destruí-la
Fernando Brito
A Presidenta Dilma Roussef, finalmente, assumiu a ofensiva em toda esta exploração em torno da Petrobras. Em duro discurso pronunciado em Recife, na cerimônia da viagem inaugural do petroleiro 'Dragão do Mar', Dilma lembrou o passado dos detratore s da Petrobras, referindo-se explicitamente aos governos neoliberais que “tentaram até tirar o “Bras” do nome da empresa”. E disse que não ouvirá “calada a campanha negativa daqueles que por proveito político querem ferir a imagem da Petrobras”.
“Não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem esse país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa (…) A Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas. Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo a cada dia que passa que o que tiver de ser apurado vai ser apurado com o máximo de rigor”.
Dilma lembrou que a Petrobras resistiu a tentativas de sucateamento e privatização e que graças ao pré-sal e ao modelo de partilha, apoiado pelo Congresso Nacional, o Brasil terá maior controle sobre os recursos do petróleo, que serão investidos prioritariamente na educação dos brasileiros.
“A Petrobras resistiu às tentativas de desvirtuá-la, de reduzi-la e privatizá-la. As tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias, não apenas na Petrobras, mas na cadeia do petróleo, que sustentava empresas nacionais, inclusive a indústria naval. O favorecimento, a importação de navios plataforma, a falta de planejamento e a ausência de política de conteúdo nacional trouxeram problemas aos fornecedores nacionais. A redução dos investimentos em geral, e em especial em tecnologia, a baixa valorização do capital humano corroeram essa grande empresa, mas ela teve força para resistir”.
Ela acentuou ainda que os detratores da Petrobras usam uma suposta desvalorização da Petrobras como “prova” de má gestão da empresa. Dilma recordou que, ao final da gestão de FHC, o valor de mercado da Petrobras era de R$15,5 bilhões e que, com todos os problemas de hoje, suas ações valem seis vezes mais: R$ 98 bilhões.
“Manipulam os dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente a realidade do mercado mundial de petróleo para transformar eventuais problemas conjunturais de mercado em irreversíveis. (…) Ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil. Foram US$ 306 bilhões, de 2003 a 2013. Sendo que o ano passado chegou a US$ 48 bilhões. É importante lembrar que em 2002, foram investidos apenas US$ 6,6 bilhões”.
Tomara que a fala de Dilma seja uma “avant-premiére” do que Graça Foster vai dizer nesta terça, 15, no Senado.
Ouça um trecho abaixo.
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