domingo, 27 de abril de 2014

HAITIANOS, GASPARI, VIANA

E A HIGIENIZAçÃO                      


O que define melhor a elite bandeirante (e seus sabujos): facilitar a viagem ou desovar haitiano ?
                                            CONVERSA AFIADA

Quatrocentos haitianos chegaram a São Paulo munidos do direito de ir e vir que a Constituição brasileira assegura a qualquer um que esteja em território nacional, de forma legal.

Chegaram a São Paulo, ao Acre, ponto de chegada, Porto Velho, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre.

Mas, só São Paulo deixou escapar do pré-sal de sua História o que o Governador do Acre Tião Viana chama de racismo e tentativa de higienização da sociedade brasileira.

Fossem americanos do Sul ou membros do Tea Party seriam recebidos pela Folha (*) e seus milhares de colonistas (**) com um tea-party no aprazível solar da Barão (sic) de Limeira.

Para situar o amigo navegante, o ansioso blog sugere ouvir a impecável entrevista do governador Tião Viana à Radio Eldorado, onde os apresentadores Haisem Abaki e Tatiana Ferraz (essa moça vai longe ! Um dia o Kamel descobre ela !) -
http://radio.estadao.com.br/audios/audio.php? idGuidSelect=273B7520AF0D499C859EC9337AB30A49.

Os implacáveis entrevistadores começam a perguntar se ele tinha avisado ao Alckmin que os haitianos estavam chegando.

A resposta dá o tom do que viria adiante.

Seria a primeira vez na História em que um governador ligaria para outro para avisar que chegavam pessoas a seus Estados.

Chegam a São Paulo, diz ele, todo dia, milhares de estrangeiros e ninguém avisa ao Alckmin: olha, tá chegando aí um americano de Boston !

(Se for de Harvard, possivelmente o colonista dos múltiplos chapéus. irá recebe-lo em Guarulhos.)

Seria uma censura prévia, pergunta Viana à implacável entrevistadora.

(Como diz o Mino, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões.)

Os cidadãos em território brasileiro são livres para ir onde quiserem.

(O dos chapéus diz no título de sua enfurecida colona, no Globo e na Folha (êpa ! Êpa !): 

“Tão Viana desovou haitianos” – o que, por si só dava um belo processo na Justiça !

“Desova” – lembra o que, amigo navegante ?)

Desde dezembro de 2010, chegaram ao Acre 20 mil haitianos – sem aviso prévio, lembra Viana.

Desses, não há NENHUM sem documento !

Todos tem visto concedido pelo Estado brasileiro, ou CPF, ou Carteira do Trabalho.

E vão para onde querem e bem entendem.

Como qualquer um em território nacional !

“Não impeço ninguém de ir para onde quiser !”

O que está por trás disso, pergunta-se o “desovador” de haitiano: preconceito racial ?

Nenhum dos outros estados para onde foram haitianos reclamou.

Para evitar o verbo “desovar”, a Secretaria de Justiça (!)  de São Paulo, Eloisa Arruda, chamou Viana de “irresponsável !”.

Consta que chamou também de “coyote”, aqueles criminosos que cobram para traficar mexicanos ilegais para os Estados Unidos.

Viva a Chuíça (***) !

Tião Viana respondeu que ela não tem autoridade política para se dirigir a ele – “não tem estatura”.

(Mas, no jornal nacional, ela é superior a ele, governador…)

E Tião Viana trata de responsabilizar a elite paulista que, desde o Século XVIII, se comporta assim.

( “Bandeirante” adorava índio …)

A elite e os imigrantes meridionais que, aqui, incorporam seus vícios.

“Não mando ninguém para São Paulo nem para lugar nenhum !”, diz Viana

Mas, a Patricia Soneto no jornal nacional (essa, o Kamel já descobriu … http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/t/edicoes/v/mais-de-500-imigrantes-haitianos-ja-passaram-por-igreja-em-sp-desde-o-inicio-do-mes/3303466/) assegurou que Tião “facilita a viagem” (só faltou o “desovar”) para São Paulo !

“Os haitianos vão para onde querem !”, disse Viana.

Esses 20 mil haitianos tem uma rede de parentes no Brasil e, desde o Haiti, que se articulam para ir a diferentes pontos do pais.

O Acre é uma porta de entrada.

E a elite de São Paulo que afie as garras da intolerância (que pode ter outro nome), porque, segundo Viana, chegam ao Brasil, agora, também imigrantes do Senegal e da Nigéria.

Sem passar por Boston …

Em tempo: a Folha neste domingo celebra a troca de ombudsman. A Folha dedica mais espaço a colonas como a dos chapéus do que a informação. E o ombudsman não pode ombudsmar colonistas. E querem se levar a sério …

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
O

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