Dilma: sem plebiscito, não haverá reforma política
Fernando Brito
Está ficando cada vez mais nítido que uma reforma política - que acabe com o financiamento privado de campanha e e um sistema partidário que não seja a “zorra total” de hoje – só vai ser alcançada se a população for incluída no debate e que isso vai fazer parte do centro do discurso da campanha da reeleição de Dilma.
Com razão, porque se ficar por conta do Congresso, como até agora, nada acontece.
-É ilusório supor que chegaremos a uma reforma política sem consulta popular
Ao falar na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que reúne empresários, sindicalistas e instituições da sociedade civil, a Presidenta afirmou que é preciso “atualizar o sistema político brasileiro à realidade econômica e social do país, mas, sobretudo, assegurar que o sistema político crie instituições práticas e condições de fazer política que garantam a participação da população e, de outro lado, instituições que permitam o respeito ao dinheiro público”.
Dilma argumentou que o governo “não tem correlação de forças para aprová-las” (as reformas) e para que aconteçam “é óbvio que a sociedade nas diferentes instâncias tem de se manifestar”.
Ela voltou a afirmar que as manifestações deixaram claro que o Brasil tinha acelerado o processo de inclusão social, mas a melhoria da renda não tinha sido acompanhada da melhoria dos serviços públicos
-Ninguém propunha voltar atrás. Propunham justamente um avanço.
Um bom recado para a turma das “medidas impopulares”.
Mas que precisa ser dado diante de públicos bem mais amplos.
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