sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

As manifestações de apoio aos justiceiros do Rio poderiam ser escritas por um só cretino fundamental

Kiko Nogueira                   
justiceiros2
Falar mal do beijo gay não pode. Falar mal dos preços não pode. Falar mal de políticos corruptos não pode.  Será que estamos em uma ditadura democrática?
Eu sou a favor de liberar geral o uso de armas e que cada brasileiro tenha um revólver na mão. Vamos ver quem vence a parada: os assassinos ou nós. O povo brasileiro tem de ser forte e firme na defesa de seus inerentes direitos, evitando assim entregar sua liberdade nas mãos de um estado totalitário.
Alguém aqui já viu algum representante dos direitos humanos apoiando famílias que tiveram entes queridos mortos pelas mãos de meliantes? Se ninguém percebeu ainda, estamos vivendo uma crise de segurança pública e não me admira que a população comece a fazer justiça com as próprias mãos.
O que me chocou foi a podre da Rede Globo fazendo entrevista com o safado malandro como se fosse a vitima. Tá de um jeito que daqui a pouco teremos de nos envergonhar por sermos honestos. Estamos em guerra declarada e os inocentes serão os primeiros a cair.
São centenas de mortos e assaltados a cada dia por criminosos que adoram quando indolentes e sonhadores os defendem. Se for para cairmos, que seja atirando. Não devemos morrer como gado aguardando o abate. É um absurdo um marginal ser tratado como se fosse um coitado. Aos 17, ele “só” tem 3 passagens pela polícia. Imagine aos 30. São os direitos dos manos.
Hoje em dia não existem vitimas da sociedade coisa nenhuma. Existem vitimas da preguiça, que querem explorar e ter dinheiro fácil, roubando ou matando. Trabalho, tenho empréstimo para pagar e já estive devendo uma vela pra cada santo.
Quando o povo cansa, começa a fazer justiça com as próprias mão. Aí não tem religião ou crença que resistam. É o momento do olho por olho, dente por dente. Guerra é guerra.
Precisamos do regime militar para colocar ordem e disciplina neste país governado por bandidos. Na época do militarismo, a maioria que morria eram marginais e muitos foram enterrados como indigentes por usarem documentos falsos adquiridos em Cuba. Hoje, são taxados de desaparecidos políticos.
O Brasil virou um país onde a meritocracia é atacada e o roubo elogiado. O legal é ser pobre e extorquir o outro.
Já passou da hora de ter aqui nesse país-lixo a famosa e tão temida prisão perpétua.
Ficou com dó do bandidinho? Adote ele, então.
*********************************************************************************************O texto acima foi feito a partir de uma seleção de comentários nos portais alusivos ao discurso de Rachel Sheherazade a favor dos justiceiros do Rio. Uma tempestade de ódio e ignorância que poderia ser de autoria do mesmo cretino fundamental — e que é resumida numa velha defesa dos camisas negras, a milícia fascista de Mussolini:
“Nós não compartilhamos a opinião de quem deseja condenar qualquer ação fascista sob a acusação generalizada de que é violência. Há momentos em que a violência, mesmo que assuma a aparência de agressão, na verdade é uma violência defensiva, que é legítima.”
mussolini
(*) Kiko Nogueira é diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa, editor da Veja-São Paulo, diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Nenhum comentário: