sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Golpes 'suaves', urdidos pela  CIA, para derrubar governos progressistas na         América Latina e no planeta                         

(A partir de Jacob Blinder , na rede '3º setor')

Do AMgóes -  O surgimento de novos métodos para galvanizar a energia  represada por segmentos conservadores, 'inconformados' com 'prejuízos' ensejados por diretrizes de governos progressistas em todo o mundo, baseia-se prioritariamente na manipulação psicológica das massas,  exaustivamente reverberada  por proeminentes corporações midiáticas, transnacionais e locais. 

                                   

O principal ideólogo do "golpe suave" é Gene Sharp(acima), um político americano conhecido por sugerir a derrubada de governos 'não tradicionais' (ao largo do formulários historicamente dominantes), cuja retórica de 'não-violência' remete a obviedades como a de que qualquer governo deve obediência ao povo e, em caso de 'desrespeito' , os líderes perdem a legitimidade do poder.

Sharp é o autor do ensaio "Da ditadura para a democracia" e  "Política de ação não-violenta",  inseridos neste último 198 métodos para derrubar governos por 'via pacífica'(mas que embutem, nas entrelinhas,  desinformação, descrédito de serviços e programas públicos, calúnia e difamação, além de dissimulado viés terrorista verbalizado na imprensa, visando a fragilizar estruturas 'oficiais'. Estes métodos são as armas em uso, sem o recurso das ditas 'convencionais', pois, de acordo com o cientista político, "a violência não é tão eficaz."

Tais mecanismos golpistas, abaixo enunciados, são agora promovidos por grupos conservadores da Venezuela diretamente ligados a interesses políticos e econômicos dos EUA, desde a disseminação da desordem institucional à tentativa de implosão do próprio aparelho estatal: 
1) promoção de  generalizado mal-estar, por meio de reverberadas denúncias  de corrupção em setores govenamentais estratégicos;

2)  emocionada campanha em defesa da 'liberdade de imprensa', com acusações ao 'totalitarismo' do governo;

3) enxurrada de  demandas políticas e sociais, diferentemente das (embora reconhecidamente exitosas) em execução;
4) operações de guerra psicológica, visando a 'oficializar' ilegalidades;
5) deflagração de prolongada atmosfera de 'guerra civil', com vista à eventual intervenção militar estrangeira, com  a consequente renúncia do presidente.

No entanto, a suposta "não-violência" seria, como preconizado por Foucault, uma "guerra propagada por  meios de comunicação", e o próprio Sharp admite que seu ideário é pertinente, pois "a natureza dos conflitos mudou no século XXI ".

Por fim, a prova de que esta estratégia de "golpe suave", não menos violento, é evidente nas "revoluções coloridas" como a ora deflagrada na Ucrânia(Europa Oriental), onde a metodologia tem propiciado resultados sangrentos nas ruas de Kiev.


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