quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PIB sobe 2,3% em 2013; resultado     fica perto da era FHC e abaixo dos     anos Lula                                                 

Números do ano passado foram puxados principalmente pela agropecuária; consumo das famílias cresce pelo décimo ano seguido
 Vitor Nuzzi, da RBA  27/02/2014 10:29                                  
Do© ITAMBÉ / REPRODUÇÃO
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Aumento da produção de máquinas e equipamentos contribuiu para expansão do PIB de 2013
São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,3% em 2013, segundo informou hoje (27) o IBGE, atingindo R$ 4,84 trilhões. O resultado supera 2012 (0,9%) e fica abaixo do primeiro ano do governo Dilma (2,7%). A média da atual gestão fica próxima de 2%, aquém da era Lula (4%) e próxima dos anos FHC (2,3%).
O PIB anual teve crescimento, principalmente, da agropecuária (7%). Serviços e indústria tiveram alta de 2% e 1,3%, respectivamente. O PIB per capita cresceu 1,4% no ano, para R$ 24.065.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), um indicador de investimentos, cresceu 6,3%, “puxado pelo aumento da produção interna de máquinas e equipamentos”, diz o IBGE. A despesas de consumo das famílias subiu 2,3%, no décimo ano seguido de expansão, e somou R$ 3,022 trilhões. “Tal comportamento foi favorecido pela elevação da massa salarial e pelo acréscimo do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas”, analisa o instituto. Já  a despesa da administração pública aumentou 1,9%.
Outro indicador considerado importante, a taxa de investimento correspondeu a 18,4% do PIB, pouco acima de 2012 (18,2%). E a taxa de poupança passou de 14,6% para 13,9%.
Na agropecuária, o crescimento deve-se ao “comportamento de várias culturas importantes da lavoura que registraram aumento na estimativa anual de produção e ganhos de produtividade”. Os destaques foram soja (24,3%), cana-de-açúcar (10%), milho (13%) e trigo (30,4%).
Na indústria, o IBGE ressalta a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,9%), “puxado pelo consumo residencial de energia elétrica”. Tanto a construção civil como a indústria de transformação tiveram alta de 1,9%, enquanto o segmento extrativo-mineral caiu 2,8%, “influenciado pela queda na extração de minérios”.
Em serviços, todas as atividades registraram expansão: informação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (2,9%), comércio (2,5%), serviços imobiliários e aluguel (2,3%), administração, saúde e educação pública (2,1%), intermediação financeira e seguros (1,7%) e outros serviços (0,6%).
No setor externo, as exportações aumentaram 2,5% e as importações, 8,4%. Nas vendas ao mercado internacional, o IBGE destaca produtos agropecuários, outros equipamentos de transporte, veículos automotores e refino de açúcar. Nas importações, os destaques foram indústria petroleira, serviços de alojamento e alimentação, máquinas e equipamentos, óleo diesel e peças para veículos automotores.
No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,7% em relação ao terceiro e 1,9% na comparação com igual período de 2012. Também em relação ao último trimestre do ano anterior, a agropecuária aumentou 2,4%, a indústria subiu 1,5% e os serviços, 1,8%. O consumo das famílias teve expansão de 1,9%, enquanto a FBCF cresceu 5,5%.

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