Onde mira Barbosa com a provocação a Lewandowski?
Fernando Brito
A rigor, não se pode com segurança disser o que é mais forte no Ministro Joaquim Barbosa: se a sua grosseria ou a sua ânsia de aparecer como “xerifão” do Supremo Tribunal Federal.
É lógico que ambos os desvios de personalidade são incompatíveis com o papel de presidente de uma Corte Suprema, mas a isso, tristemente, os brasileiros estão se acostumando, até porque o partidarismo que ali se imprimiu às decisões amedronta a todos de, por discordarem dos métodos de Barbosa, sejam pressionados e atacados pela mídia.
Mas, seja qual for o fito de Barbosa, é evidente que está procurando irritar o Ministro Ricardo Lewandowski e atraí-lo para outro confronto, de preferência quando recomeçarem as transmissões do plenário pela TV Justiça.
Ele não vai parar nas exóticas decisões de revogar as decisões tomadas regularmente por Lewandowski no período em que ocupava interinamente a presid~encia da Corte, durante as férias de Barbosa e sua viagem para a Europa.
Barbosa vai esticar a corda nestes quase dois meses que faltam para o prazo de desincompatibilização especial que assiste a juízes que queiram ser candidatos.
Sabe que é, ao mesmo tempo, um ímã e um perigo para as forças conservadoras.
Não é absurdo imaginar que está agindo a patadas em seus pares com a intenção de por-se em evidência, já que o assunto “mensalão” anda mais seco que laranja muito chupada.
Mas, em se tratando de Joaquim Barbosa, ninguém pode excluir que seja grosseria e autoritarismo, apenas.
PS. Não deu outra: enquanto eu escrevia Barbosa revogou mais uma decisão de Lewandowski, a que mandava a vara de Execuções Penais do Distrito Federal examinar o pedido de trabalho de José Dirceu, como é seu direito no regime semiaberto, por conta de uma história, desmentida por todos, de que ele teria falado do celular no presídio…Está evidente que Joaquim Barbosa busca o confronto e o reforço de sua imagem de “ferrabrás”.
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