domingo, 9 de fevereiro de 2014

Boechat ontem e hoje

Miguel do Rosário                        
boechat
Dica de Julio Cesar Macedo Amorim, por email.
Ricardo Boechat, há alguns meses, botava fogo no mundo. Dava entrevistas dizendo que era a favor a “arranhar” carro de autoridade, a “quebra-quebra’.
E agora, que a sociedade acompanha, estarrecida, o sofrimento de amigos e familiares de um repórter da BAND, onde ele mesmo trabalha, é forçado a denunciar a violência. E fala que um rojão aceso, largado no chão, é direcionado a seja lá quem for.
Pois é, Boechat. A mesma coisa vale para o quebra-quebra. Tem muita autoridade que abusa, mas um jornalista incentivar depredação de carro de autoridade é uma ofensa à democracia e à ordem social, porque esse carro é público.
Além do mais, é contraditório. Um âncora de jornal, numa grande emissora detentora de concessão pública, com seu poder imenso de influenciar a opinião pública, não é uma “autoridade”? Então podemos arranhar o seu carro?
De fato, a caixa de pandora, aberta pelos teóricos da violência, começa a ser fechada, infelizmente com o sangue de um jornalista, essa profissão cada dia mais vilipendiada pelos próprias empresas jornalísticas.

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