segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Violência nos estádios: substrato detelério do 'inconsciente coletivo'
                                                                                                                                                   
                                                      Fotos da Agência Estado
                   
                    

                                                                                               Imagens da selvageria entre torcedores de Vasco e Atlético/PR,
                                                                    neste domingo, 8, no estádio de Joinville/SC
Do AMgóes - As cenas de horror protagonizadas nos estádios de futebol, a exemplo das registradas neste domingo, 8, em Joinville(SC), por supostos torcedores do Vasco da Gama e do Atlético Paranaense,  leva-nos a mais uma recorrente reflexão, das tantas subsequentes a essas ocorrências que passam ao largo da imprescindível e(há muito) postergada coerção legal.                                                                                           
Medidas pontuais, em alguns Estados, para inibir ações criminosas orquestradas pela insânia das tais 'torcidas organizadas' ou mesmo bani-las do cenário das competições, redundaram, na prática, em ampla ineficácia e todas, via de regra, retornaram às praças esportivas e às ruas, local de começo e rescaldo de suas notórias atrocidades.
                                                                                                  
O choque das imagens, agora com repercussão ato contínuo mundo afora, adicionando novas(e fundadas) críticas à logística brasileira com  vista à Copa do Mundo de 2014, tem sido amiúde absorvido pela pasmaceira de anunciadas providências que findam adstritas por aqui, desde que o mundo é mundo, à vã retórica de famigerados cartolas e burocratas de plantão, desde os clubes e federações aos agentes das variadas instâncias do poder público.                                                                         
Todavia, cabe-nos questionar por que, entre conhecidos marginais ainda à solta, outros indivíduos(jovens em sua totalidade) tidos como de índole pacífica e conduta ilibada no cotidiano familiar, assumem inusitada ferocidade comportamental, praticando atos delituosos, como depredação patrimonial, agressões físicas generalizadas, tentativas e consumação de homicídio?     
                                           
Acode-nos o psiquiatra suiço Carl Gustav Yung, discípulo de Freud(que rompeu com o mestre e instituiu a 'Psicologia Analítica' no começo do século passado),  para enquadrar participantes das 'organizadas' ou praticantes de vandalismo em manifestações políticas, do tipo 'black bloc' e similares, em sua consagrada teoria do 'Inconsciente Coletivo', entre cujos arquétipos(conjunto de imagens psíquicas) destaca a 'sombra', responsável pelo transbordamento de impulsos 'ferozes e vorazes', reprimidos e latentes na personalidade individual ou de grupos sociais inconformados com a frustração de ruminados objetivos.  
                               
Todavia, enquanto não construirmos, em sua plenitude, um supremo 'consciente coletivo', destinado a gerenciar conflitos da alma humana, associados a complexos por propósitos irrealizados, assistiremos a inconsequentes e abomináveis demonstrações de força bruta, avocadas como única saída no fim do túnel de suas paixões avassaladoras.   
                                                                                            
Cabe, assim,  ao Estado, através dos agentes que o constituem como organização social, assegurar medidas emergenciais, sem o império de repugnantes e tecnocráticas falácias vigentes, para subjugar malfeitores de diversos matizes, do futebol a outros eventos de hasta pública, punindo-os com o braço pesado da lei, perante a qual, em direitos e deveres, todos são visceralmente iguais. 

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