Na nova reforma da Igreja, Papa Francisco quer acabar com indulgências
Dermi Azevedo
Entre as medidas destinadas a reformar a Igreja Católica Romana, o papa Francisco I pretende acabar com as indulgências. Trata-se de uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso. Essa prática foi um dos principais motivos da ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X, concretizada na publicação das Noventa e Cinco Teses que escrevera em latim e que foram afixadas na porta da Igreja de Todos os Santos, na cidade alemã de Wittenberg.
Se o Papa conseguir adotar essa medida, estará dando um dos passos mais importantes da história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs. A história registra que as indulgências foram objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para o Papa, para os cardeais e para os cofres vaticanos.
Uma outra medida histórica foi adotada, recentemente, com a participação das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana. Trata-se de um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio.Essa decisão foi formalizada em um documento intitulado BEM. Pelo acordo, um católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão.
Outra norma tradicional que o novo Papa pretende pelo menos amenizar é a obrigatoriedade do celibato para o clero, seguida pela flexibilização das regras que regulam a participação, no interior da Igreja, dos padres já casados.
No começo desta semana, Francisco recebeu um documento do Movimento Internacional de Intelectuais Católicos, sugerido-lhe que adote três medidas: a valorização do papel dos leigos e uma maior participação das mulheres na Igreja, além da descentralização dos órgãos da Cúria Romana.
Todas essas propostas pelo Papa ao G-8. o grupo de cardeais por ele nomeado para uma direção coletiva do Catolicismo Romano.
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