247 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, praticamente não parou neste fim de ano. Depois de sobrevoar, ao lado da presidente Dilma Rousseff, as regiões mais atingidas pelas chuvas no Espírito Santo, ele foi escalado para liderar a assistência às vítimas das enchentes de verão. "A situação no Espírito Santo é dramática", disse ele, nesta quinta-feira (26), com exclusividade, ao 247. "Em nenhum lugar do mundo choveu tanto e a previsão é de mais chuvas", alerta.
No Espírito Santo, 50 mil pessoas estão fora de suas casas – 5 mil em ginásios ou outros espaços públicos e 45 mil em casas de parentes e amigos. "Os que ainda não saíram de seus lares precisam deixar o apego de lado e sair", afirma. Segundo o ministro, nos próximos dias, haverá chuvas fortes, que também podem atingir o Rio de Janeiro.
Até agora, já foram enviados membros da Força Aérea Brasileira para as regiões atingidas e a Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) tem coordenado o envio de medicamentos (leia mais aqui).
A correria de Padilha também tem outro motivo. Até o fim de janeiro, ele deve deixar o Ministério da Saúde para mergulhar de cabeça na candidatura ao governo de São Paulo. Aos aliados, ele tem dito que é preciso "virar a chave".
A principal bandeira do ministro será o Mais Médicos, que foi tema do balanço de fim de ano da presidente Dilma. Hoje, 6.658 profissionais atuam no programa, atendendo a uma população potencial de 23 milhões de brasileiros, antes desassistidos ou mal assistidos, em 2.177 municípios e até em distritos indígenas. "Até março, serão 13 mil médicos, cobrindo uma população de 46 milhões de brasileiros", adianta o ministro.
Padilha afirma que a rapidez na execução do programa, que começou a ser implementado, na prática, depois das manifestações de junho deste ano, é fruto de um extenso planejamento. "O Mais Médicos foi idealizado no começo do governo Dilma e foi sendo dimensionado a partir das demandas dos prefeitos de várias regiões do País e de todos os partidos".
O número de 13 mil médicos, diz ele, é fruto desse trabalho. "Com essa quantidade de profissionais serão atendidas as demandas de todos os prefeitos que apontaram necessidade de mais médicos em seus municípios", diz. Sobre a velocidade de implantação, até agora sem anormalidades, Padilha coloca seu argumento. "Nós temos pressa porque a população tem pressa", afirma. "Não é mais aceitável chegar a um posto de saúde e ter que voltar dias depois por falta de médicos."
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