sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cobrar as mazelas que nos rodeiam ou sucumbir à covarde teoria do 'não me comprometa' ou do 'tô fora disso'...
                                            

Do AMgóes - Aguardo pacientemente, faz tempo, de amigos e circunstantes de minhas relações, que reverberam  diariamente nas redes sociais sua cruzada contra o 'caos institucionalizado', uma tênue alternativa de projeto para o país , diversa da ora em curso, a fim de amplamente debatermos sua exequibilidade.

O jogo está sendo jogado, o país cresceu, malgrado as crônicas debilidades em serviços públicos e cultura comportamental,  via de regra dependentes da execução de Estados e municípios, salvo honrosas exceções. Fugindo-se com escorregadia sutileza ao embate LOCAL, franco e direto, no nascedouro dos entraves à chamada 'logística' de nosso desenvolvimento,a partir dos  próprios bairros e cidades, sob a canhestra justificativa do 'não me comprometa', 'tô fora disso', joga-se  no colo do poder público federal a responsabilidades por todos os males, passados, presentes e futuros.

Sequencia-se perniciosamente o 'rame-rame' da periódica eleição dos 'mesmos', amigos/conhecidos de sempre, facilitadores de eventuais sinecuras ou, sendo mais ameno,  'solícitos' ao atendimento de nossos interesses intestinos e/ou corporativos. Questões básicas como, por exemplo, saúde, educação e transporte coletivo são competências adstritas ao âmbito de prefeituras, câmaras de vereadores, governos e assembleias estaduais, subsidiadas por prepostos no Congresso Nacional.

Não se atenta para o fato singelo de que somos uma federação, cujos entes públicos de nossas bases têm a incumbência constitucional de viabilizar meios para atender ao elementar cotidiano dos cidadãos, potenciais e compulsórios contribuintes das receitas fiscais domésticas. Pior: nada se cobra deles(com os quais convivemos diuturnamente) pelas notórias mazelas que nos infernizam, imputando liminarmente responsabidades ao  Palácio do Planalto, manjadíssimo estuário de todas as dores e revoltas pela incúria que ocorrem em nosso derredor.

Não se acompanha, por oportuno( e muito menos se exige) a correta aplicação dos milhões despendidos pelo erário federal, desviados, não raras vezes, para objetivos criminosos de apropriação indébita. O prefeito da cidadezinha do interior, de parcos recursos antes da posse, passa a ostentar condição socioeconômica que o subsídio pela função jamais lhe possibilitaria. Todos desconfiam(comentam e até têm certeza) da malversação promovida pelo protagonista desses 'podres poderes', mas ninguém tem coragem de meter, com a boca no trombone,  o guizo no pescoço do gato.

Jamais se configura tardio o convite, aqui formulado à exaustão, a fim de exercitarmos o inalienável - quão intransferível - direito de cidadania e,  ao fim e ao cabo, sentiremos todos, em médio e longo prazo,  que o mundo à nossa volta terá mudado(para melhor). Ainda que não se realize em tempo consentâneo com a ansiada premência de nossas expectativa, mas conquistado através da  dolorida e incondicional  persistência de todos nós.

Para tanto, convenhamos, teremos de 'nos comprometer', conscientes de que forçosamente estaremos 'dentro' dessa guerra. Caso contrário, como diria o saudoso Stanislaw Ponte Preta, metamos o galho dentro, locupletando-nos passivamente com a mixórdia geral. E 'c'est finis'.
       

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