quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Investigação aponta envolvimento de 


organizada do Fla com tráfico                


Torcedores também teriam relação com milícias do Rio 


de Janeiro e se utilizariam de técnicas militares para 


fazer a escolta dos ônibus


18/12/201314:42
Torcida - Flamengo x Atlético-PR (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)

 Escutas pontam integrantes oferecendo           drogas (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)
Não bastassem as brigas dentro e fora dos estádios no Brasil, a Polícia Civil diz ter encontrado provas do envolvimento de torcidas organizadas com tráfico de drogas e milícias no Rio de Janeiro. As investigações da Polícia, com uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, identificaram o líder da torcida organizada Jovem Fla, Carlos Renato Silva Santos, mais conhecido como Macedo, negociando drogas com um homem, pedindo-o que levasse cocaína a um bar onde torcedores estariam reunidos.

Na escuta, divulgada pelo Jornal Hoje, da Rede Globo, é possível ouvir Macedo falando: "Venha, vem, vem, aqui tem pó. Faz o seguinte: traz o pó daí." Em outra escuta, o torcedor conhecido como "Corredor" conversa com um homem identificado como um traficante, segundo a Polícia:
- Não tem aquela "parada" que tu passou para mim aquele dia, lá no jogo?

- R$ 25 e R$ 150, a hora que quiser, veneno.

As investigações que culminaram na "Operação Fair Play", em novembro de 2012, começaram quatro meses antes, após a morte do torcedor do Vasco, Diego Martins Leal, que, por sua vez, teria sido motivada por vingança. Poucos meses antes, um torcedor do Flamengo morreu numa briga com integrantes da torcida Força Jovem do Vasco. Na operação, a Polícia Civil tinha o mandato de prisão de 11 torcedores, mas só oito foram presos e três seguem foragidos. Além das prisões, na casa dos torcedores e na sede da Organizada, foram apreendidos quase R$ 50 mil, dinheiro falso, armas, drogas, uma balança de precisão, ingressos, documentos e até um computador com fotos de torcedores do Vasco.

De acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios (DH/Capital), em entrevista ao Jornal Hoje, os torcedores também têm relação com as milícias da cidade e que se utilizam até de técnicas militares para fazer a escolta dos ônibus da torcida:
- Vai gente na frente (do ônibus) para ver se tem efetivamente alguém da outra torcida, utilizam motos descaracterizadas para que eles possam entrar e sair dos locais onde eles querem ir sem nenhum tipo de confronto.

Seis torcedores dos que foram investigados na "Operação Fair Play" são suspeitos de fazer a escolta armada dos ônibus da torcida Jovem do Flamengo até os estádios.


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