supremo machismo: FUX CITA MMA PARA DESQUALIFICAR COVARDIA de OBSCURO deputado alagoano contra ex-mulher
Ação contra deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que teria espancado sua ex-mulher Jullyene Lins durante 40 minutos, será julgada no STF; para o ministro Luiz Fux, que desqualificou a suposta agressão, "nem num torneio de MMA se permite que uma pessoa apanhe durante 40 minutos porque uma surra de 40 minutos é conducente à morte".
7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 13:36
Alagoas 247 – A suposta agressão do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) à sua ex-mulher Jullyene Lins levantou mais uma vez a discussão sobre a Lei Maria da Penha no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o ministro do STF Luiz Fux tenha duvidado da agressão, o deputado responderá à ação penal na Corte.
A ex-mulher do parlamentar afirmou que, em 2006, foi agredida durante 40 minutos pelo deputado. A babá de um dos filhos disse ter presenciado as agressões e ouvido o deputado dizer: "Eu vou dar em você de mão fechada que é para não deixar hematomas e ninguém escutar". A defesa de Lira sustenta a tese de que os peritos não indicaram se as marcas de agressões condizem com a versão da mulher.
Segundo o ministro Luiz Fux, as denúncias são inverossímeis. "Eu não conheço murro de mão fechada que não deixa marca. Principalmente, se ele é seguido de uma agressão de 40 minutos", declarou. Ao justificar a sua posição, o ministro fez alusão às lutas de MMA.
"Não só por experiência pessoal, mas porque tenho um gosto específico por esporte, sabe-se que nem num torneio de Mixed Martial Arts (MMA) se permite que uma pessoa apanhe durante 40 minutos porque uma surra de 40 minutos é conducente à morte", disse Fux. "Só para termos uma ideia, esses lutadores bem preparados fisicamente lutam três rounds de cinco minutos por um de descanso", acrescentou.
A delegacia responsável por investigar a violência contra as mulheres em Alagoas pediu um laudo pericial, que atestou a existência de hematomas nos braços e nas pernas de Julyyene, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo. Fux disse que o laudo "praticamente desmente a versão da vítima".
Em contrapartida à versão de Fux, a ministra Rosa Weber questionou a tese de que as agressões não duraram 40 minutos. "Estava aqui a me perguntar qual é o tempo de um tapa. Meio minuto, dez segundos?", contestou. "Quatro hematomas pequenos. Mas o que causa um hematoma? Diante de tantas dúvidas, acho importante que a denúncia seja recebida para que, no curso da ação penal, com base em novos elementos de prova, possamos chegar a uma solução que mais atenda ao que de fato ocorreu", declarou.
Do AMgóes - Na Folha de São Paulo, em 22/dez/2012, tópico de matéria biográfica do ministro Joaquim Barbosa, atual presidente do STF: "1985 - Assume a chefia da consultoria jurídica do Ministério da Saúde. Em setembro de 1986, sua ex-mulher(Marileuza Francisco de Andrade) registra boletim de ocorrência no qual acusa Barbosa de tê-la espancado. Mais tarde, ela afirma que o episódio foi superado." Agora, por 'suprema' ilação, depreende-se que o 'requintado' conceito do ministro Fux sobre 'causas de hematomas'(específicos em mulheres, claro) subsidiará a tese de 'perseguição política' que certamente o obscuro deputado alagoano, filho do senador Benedito de Lira, invocará em sua defesa. Por fim, sugerirá profilática adoção de 'panos quentes', com declaração de d. Julliene, de próprio punho(coação em Alagoas é trivial), jurando que o episódio está 'superado'. Salvo se a ministra Rosa Weber decidir virar a mesa no plenário do STF, complicando a vida do valente Arthur. A ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário