domingo, 1 de dezembro de 2013

Acesso de jovens à universidade cresceu 54% em dez anos

Segundo estudo do IBGE, frequência escolar aumentou também em outros níveis de ensino, mas permanecem desigualdades por cor, raça e região.
                                                         
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São Paulo – A proporção de jovens entre 18 e 24 anos que frequentam o ensino superior no Brasil aumentou 54% nos últimos das anos, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2013 divulgada hoje (29) pelo IBGE. No mesmo período (2002-2012) também cresceram os investimentos públicos em universidades federais e em programas de inclusão universitária, como o ProUni.
Em 2002, 9,8% das pessoas nessa faixa etária estavam na faculdade. Agora são 15,1%. Do total de estudantes entre 18 e 24 anos (6,6 milhões), 52% cursavam o nível superior
Já entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa de frequência escolar subiu de 40% para 54.
No entanto, permanece a desigualdade por cor ou raça: dos estudantes em nível superior, 66,6% são brancos de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior; entre os estudantes pretos e pardos, apenas 37,4% (nessa faixa etária) estão na universidade. Em relação a 2002, houve aumento nos dois casos: entre os brancos, a taxa era de 43,4% e entre os pretos e pardos de 12,2%.
A escolaridade média da população de 25 anos ou mais também aumentou no período, passando de 6,1 para 7,6 anos de estudo completos, sendo que 40,1% das pessoas dessa faixa etária alcançaram 11 anos de estudo ou mais.
O incremento de escolaridade foi mais intenso para os 20% “mais pobres”, segundo o IBGE. O aumento foi de 58%, enquanto os 20% “mais ricos” apresentaram uma elevação de 10% na média de anos de estudo entre 2002 e 2012.

Pré-escola

A taxa de escolarização das crianças entre 4 e 5 anos de idade subiu de 56,7% em 2002 para 78,2% em 2012. Na área rural, contudo, uma em cada três crianças não frequentava escola.
As desigualdades de acesso por renda familiar são evidentes, de acordo com o IBGE: para aquelas pertencentes aos 20% “mais ricos”, o acesso à escola atingia 92,5%, enquanto os 20% “mais pobres” apresentaram uma taxa de escolarização de 71,2%.
Na faixa de 0 a 3 anos de idade, a frequência à creche aumentou de 11,7% em 2002 para 21,2% em 2012. Entretanto, a desigualdade de acesso permaneceu significativa.
Em 2012, a proporção de crianças com idade entre 2 e 3 anos que frequentavam creche era quase o triplo para o quinto mais rico (63%) em relação ao quinto mais pobre (21,9%). Em 2002, essa razão era ainda maior: 4,1 vezes (48,6% e 12%, respectivamente).

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