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Uma informação publicada no site do jornal O Estado de S.Paulo, mas providencialmente ignorada na edição impressa do diário paulista, dá conta de uma manobra do Instituto Sensus para beneficiar o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, pré-candidato à Presidência da República.


De acordo com o jornalista José Roberto Toledo, a pesquisa Sensus, antigo prestador de serviço dos tucanos mineiros, em vez de mostrar ao eleitor um cartão circular com os nomes dos candidatos, expediente usado para não privilegiar nenhum dos concorrentes, apresentou uma lista em ordem alfabética. Assim, o nome de Aécio Neves pode aparecer sempre em primeiro lugar.

De acordo com Toledo, o novo método do Sensus contraria a prática do mercado e causou estranheza entre os demais institutos, como o Ibope e Datafolha. “Em eleições passadas, como em 2010, o instituto sempre usou a cartela circular, e não a lista em ordem alfabética”, anotou o colunista do Estadão. Segundo ele, na pré-campanha, quando a maioria dos eleitores não sabe bem o nome de um candidato, qualquer tratamento diferenciado a um deles pode inflar sua intenção de voto.

Além de colocar Aécio em evidência, explica Toledo, o instituto incluiu uma pergunta sobre aumento do preços dos alimentos antes de pedir ao eleitor para avaliar o governo federal como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Além disso, o Sensus registrou a pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral bem depois de as entrevistas terem terminado. A pesquisa de campo foi feita entre os dias 22 e 24 de abril, mas só foi registrada no dia 28. “Ou seja, ao registrá-la é provável que o instituto já soubesse o resultado – o que pode ou não ter influenciado na decisão divulgá-la”, anotou o jornalista.

Na pesquisa, a presidenta Dilma, do PT, aparece com 35% das intenções de votos. O tucano Aécio Neves, com 23,7%, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com 11%.

Leia, aqui, a íntegra do artigo de José Roberto Toledo: http://migre.me/j30z6
Da Redação da Agência PT de Notícias