Recebo, de um amigo e calejado jornalista, a seguinte comparação das manchetes dos sites dos grandes jornais, depois do anúncio, pelo IBGE, da redução do IPCA-15, medida da inflação intermedtiária entre dos meses “cheios”:
Estadão – “Mantega garante que inflação continuará caindo nos próximos meses”
Folha SP – “Inflação está caindo firmemente, diz Mantega após desaceleração”
G1 - “Alimentos sobem menos e prévia da inflação oficial desacelera em maio”
Valor - “Inflação vai continuar caindo nos próximos meses, afirma Mantega”.
G1 - “Alimentos sobem menos e prévia da inflação oficial desacelera em maio”
Valor - “Inflação vai continuar caindo nos próximos meses, afirma Mantega”.
Ai vem O Globo, e me sai com essa: “Resultado do IPCA-15 mostra que inflação está resistente, segundo analistas”
É que o meu amigo, certamente, ainda não tinha visto a principal “analista” de economia de O Globo, Miriam Leitão, admitindo que a inflação está em trajetória de queda, embora os acumulados em 12 meses entre num período de elevação, porque as taxas de junho e julho passados foram muito baixas. Mas, até lá, é improvável que o acumulado suba mais que um ou dois centésimos de porcentagem.
O que é mais significativo é que não se formou, como seria terrível, uma espiral inflacionária, onde a elevação de preços passada continue, por si só, impulsionando novos aumentos.
Dos índices importantes, o IGP-10 de maio, divulgado na semana passada pela Fundação Getúlio Vargas, embora ainda registrasse alta expressiva nos preços de varejo (+0,76%) , mostrava deflação nos preços do atacado (-0,22%).
Para variar, a análise econômica no Brasil tem como “fundamento macroeconômico” não o famoso “tripé”.
Mas um “quadrúpede”.
Além de “superavit, câmbio e metas de inflação” do tal tripé, junta-se um quarto fundamento.
O interesse eleitoral.
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