Não costumo fazer isso.
Muito menos sem a autorização do autor.
Mas, como ele publicou na sua página do Facebook, penso não estar quebrando a discrição.
Até porque ele tem muitos a acompanhá-lo, como professor que foi de várias gerações de jornalistas.
Fui um destes privilegiados.
Nílson Lage é um nome que, no meio acadêmico e profissional, mesmo que ele a recuse, provoca uma atitude reverencial.
Há mais de 50 anos largou um curso de Medicina para entregar-se à paixão de mais de meio século pelo Jornalismo.
É para fazer muita gente, me perdoem a expressão gaúcha, se enfiar no cu de um burro.
Um depoimento
Nílson Lage. no Facebook
Meu pai carregava sacos de cimento.
Estudei em grupo escolar.
Fiz o ginásio e o científico (segundo grau) no Colégio Militar do Rio de Janeiro.
Cursei duas graduações, na Uerj e na UFRJ.
Fiz mestrado e doutorado.
Jamais paguei um tostão para estudar.
Editei jornais, dirigi redações.
Não compactuei com a ditadura nem escrevi nada de que me arrependa.
Fiz carreira acadêmica sempre por concurso.
Jamais tive padrinho.
Organizei concursos públicos também, nenhum deles fraudado.
Estou velho. Conheço o mundo. Há corrupção em toda parte.
Mas sei que não teria em outra parte as oportunidades que tive.
E não terão em outras partes as oportunidades que têm
Vejo gente reclamando, mas as ruas estão entupidas de carros novos, os aeroportos têm mais movimento do que nunca. No Facebook, anunciam apartamentos em Miami e em Paris.
Os pobres estão menos pobres, agora. Espalham-se as universidades. Que bom!
Quem insulta o Brasil, minha pátria, me insulta. O mínimo que posso fazer, aqui, é bloquear o canalha.
Hoje já bloqueei dois.
PS. Se o professor tiver o infortúnio de ler este blog, sei que vou tomar uma bronca por este “decente demais” do título. Ele rapidamente corrigiria: decente é ou não é, é feito gravidez, não tem “mais ou menos” grávida. Desculpe aí, mestre, vai ficar, tá?
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