Folha/SP diz que Dilma “não confia”
no mercado como regulador
de
preços. E deveria?
Fernando Brito
A Folha de S.Paulo publica nesta segunda, 19, publicou matéria dizendo que a presidenta Dilma Roussff ”desconfia” do mercado como “regulador de preços”.
Como vocês sabem, duvidar da “santidade” do Mercado, no Brasil da mídia, é mais digno de fogueira que duvidar de Deus.
O Governo, eleito pela população, não deve ter o poder de interferir nas relações econômicas, que deve ser deixado absolutamente livre em sua civilizadíssima “lei da selva”.
Ao Governo, claro, só corresponde responder à população pelo nível que os preços, formados “livremente” no mercado. O resultado é que temos um país onde as margens de lucro são das mais altas do mundo.
Óbvio que não se pretende a ideia de que o Governo vá ficar marcando preços em tudo, de balas de hortelã a sapatos.
Mas nos serviços públicos concedidos, como energia, transportes, água, telefonia a Presidenta deveria deixar correr soltos?
O Brasil recorda muito bem o que significou política tarifária dos neoliberais de FHC. Nunca antes na história deste país a população pagou tão caro por serviços tão ruins.
Ninguém reclamava da regulação de preços, no governo FHC, quando ela era usada para que os preços administrados subissem vertiginosamente.
Afinal, não é o que os “investidores” querem?
Por trás do discurso da “liberdade de mercado” está a volta do tarifaços.
Ou, na linguagem aecista, as “medidas impopulares”.
Os adoradores do mercado são, como se sabe, gente que não gosta de dinheiro a rodo.
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