quinta-feira, 22 de maio de 2014

Brasil investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em obras da Copa

Desde 2010, o governo federal investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no Mundial atingem R$ 25,6 bilhões.

Najla Passos   
               

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Brasil - Apesar dos investimentos para a realização da Copa do Mundo, o Brasil aumentou de R$ 101 bilhões para 107,5 bilhões os investimentos em educação, de 2013 para 2014, e de R$ 83 bilhões para R$ 91 bilhões os em saúde, no mesmo período.

“Essa discussão de que a Copa tira recursos da saúde e da educação é falsa”, afirmou o titular da Secretaria Nacional de Relações Político-Sociais da Secretaria Geral da Presidência, Wagner Caetano, no debate “A Copa será um bom negócio para o Brasil?”, realizado no Teatro dos Bancários, na noite desta terça (20), em Brasília. 

Segundo ele, os investimentos nessas diferentes áreas são independentes, mas se somam em benefício da população. “Desde 2010, quando o governo começou a discutir os preparativos para a copa, já foram investidos R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no mundial – incluindo federais, locais e privados – atingem R$ 25,6 bilhões”, acrescentou.

O secretário lembrou que os gastos exclusivos com a Copa referem-se apenas aos custos dos estádios – de R$ 8 bilhões – que também servirão também para outros fins. “Os outros investimentos envolvem obras que vão impactar diretamente na melhoria da qualidade de vida da população, como as obras de mobilidade urbana”, ressaltou.

Apesar dos atrasos em algumas obras, ele foi taxativo em avaliar os resultados já conquistados como positivos. Dos doze estádios previstos, nove já estão concluídos e três serão entregues nos próximos dias. “Todos eles estarão em pleno funcionamento durante a copa”, assegurou. Das obras de mobilidade urbana, 42 já estão prontas ou em andamento e 16 voltarão para o PAC e serão concluídas em breve. e as outras serão entregues até o final do ano.

Caetano também citou a realização de 30 intervenções nos aeroportos e reformas de seis portos como legados que o mundial deixará para o país. E, ainda, os R$ 402 milhões de investimentos em telecomunicações e R$ 1,9 bilhão em segurança pública, além dos impactos sociais, como a criação dos 50 mil empregos para construção dos estádios, a abertura de 47,9 mil postos na cadeia do turismo, a inserção social de 840 catadores de lixo e as 16 mil matrículas nos cursos do Pronatec.

Tudo isso se justifica, segundo ele, frente às receitas a serem geradas: a expectativa é que o país receba 600 mil turistas estrangeiros e três milhões brasileiros, que devem gastar até R$ 25 bilhões, três vezes mais do que o que foi investido nos estádios.

Expectativas do DF

Em Brasília, as expectativas com o Mundial também são grandiosas e, segundo o

 secretário extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro, justificam a prioridade que o governo deu à realização do evento. “Só com um jogo na Copa das Confederações, no ano passado, tivemos um incremento de 14% na receita”, comparou.

Para a Copa, ele calcula que os lucros serão muito maiores. “A estimativa é que cada turista gaste R$ 11, 4 mil. E estamos esperando 206 mil estrangeiros e 402 mil brasileiros só em Brasília”, contabilizou.

O secretário também listou os legados que ficarão para a cidade, em qualificação da mão de obra, mobilidade urbana, qualidade de vida. “Para cada R$ 1 que o GDF investiu na copa, o Governo Federal investiu R$ 4 em obras e melhorias para a capital. Há décadas a cidade não recebia tantos investimentos”, afirmou.

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