segunda-feira, 19 de maio de 2014

Dilma lança maior ‘Plano Safra’ da História
Presidenta  lançou  nesta  segunda (19) o  maior  'plano safra' da  história  do país. São R$ 156 bilhões em investimentos, 14,7%  a  mais  que  em  2013

Najla Passos                                     
Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff lançou nesta segunda (19), em cerimônia no Palácio do Planalto, o maior plano safra da história do país. São R$ 156 bilhões em investimentos - 14,7 % a mais do que no ano passado - para aumentar a competitividade do agronegócio no exterior, segurar o superávit da balança comercial e manter os 30 milhões de empregos abertos no campo. E mais: com a garantia expressa de que, se precisarem, os produtores poderão dispor de mais recursos. “Nós iremos garantir integralmente que não faltará crédito para os produtores da agricultura e da pecuária”, afirmou a presidenta.

No seu discurso, a presidenta revisitou o cenário do campo brasileiro antes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar à presidência, para dar a dimensão das transformações do setor avançou nos 12 anos de governo petista. “Na safra anterior à chegada do presidente Lula, nós tínhamos colhido 96 milhões toneladas de grãos, em uma área de 40,2 milhões de hectares. Hoje, são 191,2 milhões toneladas de grãos em uma área de 56,4 milhões de hectares”, comparou. “A produção, hoje, está 70% acima do que era há 10 anos”, acrescentou.

Dilma Rousseff destacou, especialmente, o fato do crescimento da taxa de produtividade ter sido superior ao da área plantada, classificando-o como resultado direto dos investimentos em inovação tecnológica, do empenho dos produtores e das políticas públicas adotadas para o setor. “Tamanho aumento da produtividade só é possível

A presidenta também voltou ao passado para lembrar que o volume de crédito disponibilizado para a produção no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso foi R$ 15,7 bilhões, contra os R$ 156 bilhões que anunciou agora. E comparou, ainda, as taxas de juros praticadas naquela época, que variavam de 8,75% a 10,75%, com as anunciadas para a próxima safra, que girarão de 4% a 6,5%.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Gueller, acrescentou que, apesar do aumento da Taxa Selic, este ano, de 7,5% para 11%, o governo conseguiu manter as taxas médias de juros da safra passada, aumentando-a em apenas um ponto percentual, e em algumas linhas específicas.

Dilma Rousseff destacou que o aumento no volume de investimentos para o campo atinge não só o grande produtor, mas também a nova classe média rural que vem se consolidando no país. Segundo ela, os recursos destinados a este seguimento, que somaram R$ 1 bilhão no primeiro ano do governo Lula, agora já atinem R$ 16 milhões em crédito específico.

Após fazer um balanço das obras de infraestrutura feitas pelo governo, em parceria com a iniciativa privada, em rodovias, ferrovias, hidrovias e portos, a  presidenta lembrou que, nesta safra, os produtores estarão submetidos, pela primeira vez, às regras do novo Código Florestal, aprovado pelo Congresso após 16 anos de amplos debates. Ela cobrou o engajamento de todos com a questão ecológica que, segundo ela, fez do Brasil referência mundial.

Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) elogiou o compromisso da presidenta Dilma com o setor que, na avaliação dela, tem recebido os incentivos devidos para crescer.
 
“Praticamente todas as solicitações da CNA foram atendidas. A empatia da presidente com o setor tem nos deixado muito otimistas”, afirmou.

A maior liderança da bancada ruralista do Congresso, entretanto, aproveitou a oportunidade para cobrar o comprometimento do governo com a pauta estabelecida pelo setor para o próximo período, que envolve questões delicadas que dizem respeito aos movimentos sindicais e populares, como a terceirização da mão-de-obra do campo e a definição da política indígena.                                          (Foto: Agência Brasil)

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