Eduardo Campos vai voltando a ser o que é,
eleitoralmente: nada
Fernando Brito
Aécio Neves nada de braçada sobre Eduardo Campos, nesta pré-campanha eleitoral.
A direita, que se serviu do pernambucano, passou a esvaziá-lo aos primeiros sinais de engorda do candidato do PSDB.
A Folha de São Paulo, nesta segunda, 5, até desenterra uma “socialização dos meios de produção” no programa do PSB para criar uma saia-justa para Campos, hoje um adepto do mais agudo neoliberalismo, ao ponto de “prometer” uma meta de inflação de 3%, mesmo sabendo que não há condições de chegar a isso nem mesmo com o mais brutal processo recessivo.
Campos é, em ritmo acelerado, o retrato da inconsistência política que os aventureiros acabam por revelar.
Uma candidatura nem mesmo regional – estadual a define melhor – e vazia de conteúdo ideológico ou histórico.
Que conseguiu, até mesmo, arrastar para a vala a sua companheira de chapa, Marina Silva.
Talvez seja esta a principal mudança no quadro eleitoral “pré-copa” que se vai registrar até que o processo sucessório entre em compasso de espera.
A de que a eleição caminhará para uma polarização entre Dilma e o PSDB.
Mais que Aécio, um galeria: ele, FHC e Serra.
E, com isso, tudo indica que Eduardo Campos vai oscilar entre a estagnação e a queda.
Campos é uma versão rapidíssima da frase que tantas vezes ouvi do velho Brizola: a política ama a traição, mas logo abomina o traidor
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