Pelos últimas pesquisas,
eleitor torce por 'medidas duras' de Aécio para detonar conquistas sociais do país
Do AMgóes - Você há de depreender que, a julgar pelo festival de pesquisas semanais, o eleitor médio do Brasil estaria 'cansado' e 'desiludido' diante dos concretos avanços do país, a partir de 2003.
Com singular vocação sadomasoquista, o cidadão morre de saudades do arrocho salarial e do crônico desemprego, marcas, entre outras, que nos elegeram um Estado perversamente desigual desde os primórdios de nossa História.
Pelo alvoroço midiático nos últimos 60 dias, face aos números de ibopes, datafolhas, sensus e similares 'ideológicos', alguns dos quais por inusitado 'motu proprio', sem encomenda de quem quer que seja, ao contrário dos critérios usuais, o projeto de inclusão socioeconômica iniciado por Lula e sequenciado exitosamente por Dilma Roussef, sob aplausos mundo afora, teria chegado ao estágio terminal.
Assim, o cidadão descobre-se, de repente, um empedernido neoliberal, defensor do 'Estado mínimo', submetendo seu cotidiano, porque 'está escrito nas estrelas', aos iluminados humores do 'deus mercado'. E, como sustentou o sapiente FHC, em tertúlias infrassociológicas pró-'entreguismo', somos predestinados à incondicional 'dependência' do 'primeiro mundo' e não se fala mais nisso(afinal, já preconizara o udenista Juracy Magalhães, na primeira metade do século passado: o que é bom para os EUA também o é para o Brasil).
Daí a razão de, a cada pesquisa que o Jornal Nacional reverbera com estardalhaço, Dilma perder gordura eleitoral em doses homeopáticas e, pelo andar da carruagem, chegar a outubro em via de irrecorrível derrota pela bola sete.
Assim, o tucano Aécio, subsidiado por 'eduardistas-marineiros', subiria a rampa do Planalto decidido a implantar 'medidas duras' destinadas a recolocar o brasileiro, recém-egresso do andar de baixo, em seu devido lugar, eliminando 'excessos' do tipo 'três refeições por dia', além, claro, do imperdoável pecado mortal por transformar aeroportos, feudos tradicionais das elites 'limpinhas e cheirosas', em nauseabundos ambientes de rodoviária. Em resumo: PT nunca mais!
Na contramão dessa desbragada(quão presunçosa) euforia da direita golpista, oportuno recordar o curioso Garrincha, na Copa de 1958, diante da estratégia do treinador de nossa seleção, prevendo desconcertantes dribles do 'anjo de pernas tortas' pela direita do ataque brasileiro, com subsequentes cruzamentos para as finalizações de Vavá e Pelé na área adversária: "Tudo bem, 'seu' Feola! Já combinaram com os russos?"
No caso da próxima eleição presidencial, resta saber se a oposição já se acertou com o Brasil 'real'...
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