247 – O ex-presidente Lula foi qualificado como "o maior e mais apaixonado lutador contra a fome no mundo" pelo ex-embaixador Kenneth M. Quinn, que trabalhou durante 32 anos no Departamento de Estado norte-americano.
Quinn hoje preside a World Food Prize Foundation, instituição cujo trabalho é premiar os indivíduos que contribuíram significativamente para o combate à fome no planeta. Na Itália, Lula teve atuação destacada na 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma.
Leia, abaixo, reportagem publicada pelo Instituto Lula:
Lula abre conferência da FAO e diz que fim da fome
é essencial para a construção da paz
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste sábado a 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, que reelegeu como diretor-geral da entidade o brasileiro José Graziano. A fala de abertura é conhecida desde 1958 como Conferência McDougall e foi instituída em homenagem a Frank L. McDougall, um dos fundadores da organização. Também participaram da cerimônia o presidente da Itália, Sergio Mattarella, a presidente do Chile Michelle Bachelet, o presidente do Mali, Ibrahim Keita, além de representantes dos 194 países membros da entidade.
Em seu discurso, o ex-presidente citou outro brasileiro que colaborou com a FAO, o médico Josué de Castro, que estudou o problema da fome no mundo, e que cunhou a frase “fome e guerra são, na realidade, criações humanas”.
Lula lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. E falou dos avanços feitos no combate à fome e miséria desde 2003, quando foi assumida essa luta como prioridade de governo. “Estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome”. E que o exemplo brasileiro mostra que “é possível superar a fome”. Para isso é necessário incluir os pobres no orçamento público, e não tratá-los como estatística, mas como seres humanos.
O ex-presidente citou a reunião, promovida pela FAO, Instituto Lula e União Africana em Adis Abeba (Etiópia), em 2013, quando foi assumido o compromisso de erradicar a fome na África até 2015. Compromisso este que foi confirmado pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana da União Africana em 2014.
Lula criticou setores da imprensa e da sociedade brasileira que tiveram preconceito contra programas de transferência de renda. “Eu nunca pensei que dar comida aos pobres causasse tanta indignação.” O tempo mostrou, com os resultados na melhoria das condições sociais, que os críticos estavam errados.
O Programa Luz Para Todos, criado pela presidente Dilma Rousseff quando era ministra, foi explicado para os diplomatas presentes. Além do desenvolvimento econômico trazido, o programa enfim permitiu que uma mãe tivesse o direito de ver seu filho dormindo, que uma criança tivesse o direito de estudar com o mínimo de conforto em sua casa.
O ex-presidente também homenageou em sua fala três pessoas pelo papel que tiveram no combate à fome no Brasil: José Graziano, diretor-geral da FAO; Patrus Ananias, ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e atual ministro do Desenvolvimento Agrário, e a ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello.
“Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz" foi a mensagem final do discurso do presidente para a Conferência.
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