Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, respeitado instituto que tem realizado pesquisas nacionais sobre a sucessão presidencial (confira aqui a mais recente), afirma que hoje a oposição tem menos votos do que tinha ontem.
E isso estará refletido nas próximas pesquisas. "Se fizéssemos uma pesquisa nos próximos dias, quem mais herdaria votos de Marina Silva seria, com certeza, a presidente Dilma Rousseff", diz ele. "Uma parte menor iria para o Eduardo Campos, outra para o Aécio e haveria ainda muitos votos nulos, sem ela no páreo".
Isso significa que, na visão de Hidalgo, as próximas pesquisas trarão um quadro muito favorável ao PT. "Dilma pode chegar perto de 50%, criando a percepção de que o segundo turno ficará ainda mais distante", diz ele.
No próximo fim de semana, o Datafolha deverá publicar a primeira pesquisa com apenas três candidatos: Dilma, Aécio Neves e Eduardo Campos. "Com certeza, a pesquisa apontará Dilma no primeiro turno", diz Hidalgo, que também pretende realizar sua própria pesquisa nacional, com o novo cenário.
Isso não significa, no entanto, que o segundo turno esteja descartado – uma vez que faltam exatos 365 dias para a eleição. "Com o tempo, e a exposição da imagem da Marina ao lado do Eduardo, ele tende a crescer", diz Hidalgo. "Assim, Aécio e Eduardo disputariam a vaga num eventual segundo turno".
Até lá, porém, ele prevê grandes turbulências tanto no PSDB como como no PSB. "Isso porque, hoje, os reservas são melhores do que os titulares", afirma. "Tanto José Serra tem mais votos do que Aécio Neves como Marina Silva tem mais do que Eduardo Campos".
A melhor estratégia para a oposição, segundo Hidalgo, seria a que foi defendida por Roberto Freire, ou seja, a de estimular o maior número possível de candidaturas, com Serra e Marina em outros partidos, como o próprio PPS.
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