Muito bom, pela serenidade e pelas informações, o pronunciamento de Dilma Rousseff.
Absolutamente necessário e pertinente, embora seja tão certo que, como o dia há de clarear daqui a pouco, a oposição vá criticá-lo como de “eleitoral”.
Só há duas coisas a lamentar.
A primeira, incrível, é que algo assim tenha de ser feito.
Porque um evento esportivo e comercial, que já ocorreu em mais de uma dezena de países do mundo – alguns com pobreza igual e muito maior que a nossa – jamais se lembraram de dizer que isso fosse tirar dinheiro de saúde, educação ou de serviços públicos.
E não disseram porque é uma comparação improcedente.
Os números apresentados por Dilma mostram que tudo que se gastou – e por financiamentos – com estádios em três anos e meio não daria sequer para pagar uma semana dos gastos com saúde e educação.
Mas a campanha da mídia e da oposição transformaram a Copa em uma bandeira demagógica.
Por isso, é lamentável que isso tenha de ser desmontado.
E o segundo lamento é que, afinal, o Governo brasileiro esteja dizendo tudo isso tão tarde.
Com receio de cair numa politização da Copa, demorou a assumir uma postura mais agressiva, direta e confrontadora.
Os inimigos do trato democrático da informação não se fizeram de rogados e previram todas as pragas desabando sobre o evento.
O “não vai ter Copa” se tornou a regra na imprensa brasileira.
Mas vai ter Copa.
E ela vai, infelizmente, ser politizada.
Com efeitos negativos devastadores para quem o fez.
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