Alô, Ibope! Como explicar ‘reprovação ao governo’

quando os números mostram

que dá 1º turno?

                MUDAMAIS

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acabou de divulgar os resultados de nova pesquisa Ibope de intenção de votos para presidente da República. Os resultados mostram que não houve grandes oscilações em relação aos outros levantamentos realizados de 22 de maio até agora (Datafolha à parte). E os votos de Dilma versus os votos dos outros candidatos somados dá empate (dentro da margem de erro, 2%): Dilma 39 X 40 soma de todos os outros. Ou seja: pode dar primeiro turno.

O que chama a atenção nessa pesquisa (e a mídia tradicional vai destacar até não poder mais) é a percepção negativa que os entrevistados têm do governo Dilma. No quesito saúde, por exemplo, 78% dos entrevistados pelo Ibope reprovam as ações do governo federal. Mas o que dizer da pesquisa CNT/MDA que descobriu que 84,3% da população aprova o programa Mais Médicos? Como pode tamanho disparate? 

Outra: Mais da metade dos entrevistados reprovam as ações do governo federal no combate ao desemprego (57%). Mas o índice de desemprego registrado em ABRIL/2014 foi de 4,9%! O que nos leva a perguntar: exatamente o que o governo federal deve fazer para combater o desemprego? Será que os entrevistados saberiam responder a essa pergunta, se lembrados da informação de que o desemprego está baixo?

Por isso, é muito estranho ver que a popularidade da presidenta está a 31% (contra 36% na outra pesquisa), e a aprovação ao governo Dilma é de 44% (contra 50% de reprovação). Talvez a ordem das perguntas explique em parte os resultados tão desfavoráveis. E o cenário terrivelmente negativo mostrado pela velha imprensa acabe de explicar o resto.

Então, como explicar um cenário em que o governo é reprovado, mas a contenda está quase resolvida no primeiro turno - e a favor da atual presidenta?

Mistéééééééério....