Taxação de grandes
fortunas:
o andar de
cima começa a chiar
Mal foram anunciadas as medidas fiscais que afetarão também os estratos superiores da sociedade – depois das medidas que afetaram apenas os trabalhadores – começou a chiadeira.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está avisando, em nota, que “recebeu com extrema preocupação o anúncio da mudança no sistema de desoneração da folha de pagamento”, objeto da Medida Provisória 669 baixada pelo governo nesta sexta-feira. Alega que a CNI que a indústria, já enfrentando uma crise de competitividade, sofrerá um impacto forte com a medida, reduzindo ainda mais sua capacidade de enfrentar os desafios da competição global e afetando inclusive o nível de emprego no setor. A MP estabelece que, a partir de junho, as empresas que recolhem 2% do faturamento para a Previdência passem a arcar com 4,5%. Já aquelas que pagam 1% terão de recolher 2,5%.
Embora reconhecendo a importância do ajuste fiscal, a entidade qualifica a desoneração da folha de pagamento como um retrocesso, que mais uma vez deve resultar em encolhimento da participação da indústria na formação do PIB.
“O custo unitário do trabalho no Brasil cresceu nos últimos 10 anos de forma expressiva, acima de países com quem concorremos diretamente. A esse custo, acrescenta-se o peso elevado dos encargos que superam o dos nossos competidores. O necessário ajuste fiscal precisa vir acompanhado de uma agenda que promova a competitividade e melhore o ambiente de negócios”, encerra a nota.
Imaginemos o alarido se o governo tiver mesmo coragem de criar o imposto sobre grandes fortunas.
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