sábado, 21 de fevereiro de 2015


O alvo de Moro é Lula.


E, talvez, mais...


Fernando Brito
alvo
Na coluna de Monica Bergamo, na Folha, a declaração de quem sabe – porque está recebendo as perguntas e as propostas de acordo da Polícia Federal, do Ministério Público, com a cobertura do Juiz Sérgio Moro, que estende indefinidamente a duração da prisão dos acusados – o objetivo do método “vai ficar preso até que diga o que queremos que você diga”.
O ALVO
Pelo menos um advogado que tem mantido contato com autoridades que integram a operação disse à coluna entender que algumas delas têm entre suas metas envolver, de alguma forma, Lula nas investigações. A empreiteira que ele representa, no entanto, não estaria disposta a colocar lenha nessa fogueira.
Na visão desse advogado, não se trata de um movimento antipetista de procuradores ou policiais, mas sim da busca de alguns pela suposta “glória” profissional de capturar o maior de todos os personagens políticos na rede do escândalo da Petrobras.
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Alguém ainda duvida disso?
A única coisa difícil de acreditar  é que executivos acostumados à vida milionária, eles próprios portadores de uma visão conservadora e elitista da sociedade e na iminência de perderem seus impérios,  vão resistir a fazer isso.
Basta dizer: Lula me telefonou e agradeceu a doação (legal, que virou ilegal, porque pode ser livremente associada às propinagens) ao PT. Ou então dizer, na inauguração de alguma obra, que o barbudo falou assim:“olha, companheiro, eu soube da sua ajuda ao PT, a gente tem de enfrentar esta luta eleitoral, né?”.
Pronto, está feita a associação que se precisa (ou talvez o Dr. Moro nem precise, já que escreveu para a Ministra Rosa Weber ler o voto que dizia “não é preciso provas para condenar”).
Até porque se vai prometendo “perdão” e “mais perdão” a quem der esta preciosa colaboração.
Os fatos pouco importam, como pouco importa punir quem roubou, tanto que se os perdoa a granel.
O que importa é que as pessoas acreditem que é preciso uma solução extrapolítica, como se fez em 1989, com os “marajás” , segundo a qual eles seriam os responsáveis únicos pelas desgraças nacionais.
Arranjaram um homem jovem, cheio de declarações moralistas e tonitroantes, para caçá-los, lembram-se?
Que sonhos, hoje, povoam a mente do juiz Sérgio Moro?

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