quarta-feira, 28 de janeiro de 2015


O “mercado” vai punir a Petrobras

por não fazer “chutes” contábeis  

Fernando Brito                        
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O “mercado” está frustrado com a falta de uma baixa contábil no balanço da Petrobras.
Baixa que não podia ser feita porque, afinal, ninguém sabe o valor correto do que Paulo Roberto Costa et caterva roubaram ou fizeram a Petrobras perder em sobrepreços.
Qualquer fixação de valor ou mesmo provisão para este fim seria, afinal, um “chute”.
Mas o mercado ansia por que “aconteça” essa baixa, ainda que sem consistência com os fatos reais.
Ainda mais no quadro de turbilhão causado pela desvalorização em mais de 50% nos preços do petróleo, que altera todas as expectativas de precificação dos ativos.
Quem tiver dúvida, leia os artigos da imprensa sobre as perspectivas da indústria do petróleo frente à baixa de preço, com expressões que vão do “crua realidade” ao “chocante”.
Nesta quarta tivemos outra forte queda das ações da empresa.
Porque o mercado não quer uma Petrobras transparente. O mercado quer uma Petrobras fraca.
O funcionamento e a lucratividade presentes da empresa não estão, em hipótese alguma, comprometidos, tanto que as previsões de geração de receita subiram.
Embora seja muito grave, gravíssimo, o que se fez com a Petrobras, mais grave ainda é o que se quer fazer com ela.
Destruí-la.

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