MORO PREMEDITOU
lAVA JATO' ONZE
ANOS ATRÁS
lAVA JATO' ONZE
O juiz Sérgio Moro(acima, à esquerda), e o procurador italiano Di Pietro(à direita), que trocou a Justiça pela carreira política |
247 – A Operação 'Lava Jato', cujos processos estão sob a coordenação do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, foi premeditada em 2004, quando o jovem magistrado escreveu um artigo sobre a "Mãos Limpas", deflagrada na Itália dos anos 1990, que, em ambiente de euforia no país europeu, foi concluída com mais de mil e duzentas condenações. Quem resgata o texto é Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, em novo post de seu blog.
No artigo, Moro "define um modelo de trabalho para o futuro próximo e deixa claro que acha necessário repetir uma investigação semelhante no Brasil — a questão é encontrar a oportunidade". "Como ponto de partida, o juiz procura estabelecer várias semelhanças entre o Brasil e a Itália — recurso obrigatório para quem quer justificar a aplicação, aqui, do mesmo remédio que foi empregado por lá", acrescenta o jornalista.
Longe da postura equilibrada e distante que se espera de um juiz, ou mesmo de um trabalho acadêmico, o artigo de Sérgio Moro é um roteiro de agitação política. Transpira voluntarismo, pede ação e discute estratégias para atingir seus objetivos. O texto confirma que o conhecimento jurídico de Sergio Moro não merece reparos. O que se debate é o uso político que pretende fazer desse conhecimento — pois se trata de uma ideia em busca de uma chance de virar realidade, ou de um esquema mental a espera de um recheio.
"Depois da 'Mãos Limpas', o procurador Antonio Di Pietro, que obteve na Operação o mesmo destaque obtido aqui no Brasil por Joaquim Barbosa com a AP 470('Mensalão'), ingressou na carreira política. Como recorda Sérgio Moro, Di Pietro costumava referir-se ao sistema político italiano como uma 'democracia vendida'', diz PML.
"Em 2014, os vazamentos sobre a 'Lava Jato' serviram para colocar o mundo político brasileiro numa posição precária e frágil perante o Judiciário, demonstrando quem tinha 'maior legitimação'", diz o colunista, que critica as prisões preventivas da Operação da PF – "o que se espera é que um longo confinamento convença os detidos a confessar os crimes que a Polícia e o Ministério julgam que cometeram" – e coloca em discussão o impacto que a investigação terá na política e na economia.
Não deixe de ler a íntegra de Paulo Moreira Leite, clicando no 'link' abaixo: Escândalo pronto para servir
Nenhum comentário:
Postar um comentário