Para o francês ‘de base’, as charges de Charlie Hebdo muitas vezes ultrapassavam o limite do aceitável e eram até consideradas uma agressão, uma forma de racismo; a censura dentro de casa era traduzida pelo baixo número de vendas; nas redes sociais, onda de mensagens de “bem-feito” também se intercalaram às de apoio às vítimas do atentado de ontem...
Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Mergulhado em uma crise financeira, o semanário Charlie Hebdo fez um apelo aos franceses com uma “vaquinha online” para salvar a publicação em novembro do ano passado. Símbolo extremo da liberdade de expressão no país, o jornal não tinha leitores o suficiente para manter sua circulação.
O covarde ataque terrorista ocorrido ontem por extremistas islâmicos, que deixou 12 mortos e mais uma dezena de feridos, levou mais de 100 mil franceses às ruas em protesto. Todos levantaram a bandeira do “Je suis Charlie”, em nome da democracia.
Mas não demorou até que as redes sociais estampassem o que grande parte da sociedade francesa pensava de Charlie Hebdo. Para o francês ‘de base’, suas charges muitas vezes ultrapassavam o limite do aceitável e eram até consideradas uma agressão, uma forma de racismo. A forma de censura dentro de casa era traduzida pelo baixo número de vendas. Nada, porém, justifica o fim trágico ocorrido na tarde de ontem, em Paris.
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