Não me abalo, já enfrentei situações que chegaram ao limite físico', diz Dilma
Dilma Rousseff acena ao público durante inauguração da
primeira fase de corredor de ônibus em Brasília
A presidenta Dilma Rousseff (PT) se manifestou pela primeira vez na manhã desta sexta-feira (13) sobre as vaias e xingamentos recebidos por parte do público presente para a abertura da Copa do Mundo, nessa quinta (12), na Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo. Durante a inauguração da primeira etapa do Expresso DF, corredor de ônibus que tem como objetivo dinamizar o transporte público do Distrito Federal, ela relembrou as dificuldades enfrentadas durante a ditadura civil-militar (1964-1985), quando passou três anos detida pela polícia política do regime, tendo, inclusive, sido alvo de tortura, para minimizar os efeitos sobre a manifestação dos paulistas no estádio.
"Não vou me deixar perturbar, não vou me deixar, portanto, atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e famílias. Na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. O que suportei ao longo da vida não foram agressões verbais, foram físicas. Suportei agressões que considero quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo", reafirmou a presidenta.
Dilma foi a primeira chefe de estado de um país-sede da Copa do Mundo a não discursar na abertura do evento, precaução tomada justamente pela histórica indisposição paulista e, principalmente, paulistana, em relação aos governos do PT e à própria seleção, constantemente vaiada quando se apresenta na cidade.
Nesta quinta, nas duas entradas para os torcedores da Arena Corinthians, já havia sinalização de que o clima nas arquibancadas seria hostil: jovens mulheres distribuíam uma "cartilha" contra a corrupção que, quando desdobrada, se transformava em cartaz com os dizeres "fora corruPTos", com a estrela do PT no meio da palavra. Os cartazes disfarçados burlavam a regra da Fifa, que proíbe cartazes com mensagens políticas durante os jogos da Copa do Mundo.
Os preços de até R$ 990 pelas cadeiras mais caras e de R$ 160 para o setor mais barato (mas com a menor quantidade de assentos disponíveis) apontam ainda para uma grande elitização da maioria do público presente à abertura da Copa, outro fator que piora a receptividade à presidenta: de acordo com a pesquisa Vox Populi de abril deste ano, a parcela da população que tem renda de mais de cinco salários mínimos é a que mais desaprova o governo Dilma (42% consideram o governo ruim/péssimo) em contraste com a população de renda inferior a dois salários mínimos, onde o índice de aprovação é o maior (40% consideram o governo bom/ótimo).
Dilma Rousseff acena ao público durante inauguração da primeira fase de corredor de ônibus em Brasília |
A presidenta Dilma Rousseff (PT) se manifestou pela primeira vez na manhã desta sexta-feira (13) sobre as vaias e xingamentos recebidos por parte do público presente para a abertura da Copa do Mundo, nessa quinta (12), na Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo. Durante a inauguração da primeira etapa do Expresso DF, corredor de ônibus que tem como objetivo dinamizar o transporte público do Distrito Federal, ela relembrou as dificuldades enfrentadas durante a ditadura civil-militar (1964-1985), quando passou três anos detida pela polícia política do regime, tendo, inclusive, sido alvo de tortura, para minimizar os efeitos sobre a manifestação dos paulistas no estádio.
"Não vou me deixar perturbar, não vou me deixar, portanto, atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e famílias. Na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. O que suportei ao longo da vida não foram agressões verbais, foram físicas. Suportei agressões que considero quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo", reafirmou a presidenta.
Dilma foi a primeira chefe de estado de um país-sede da Copa do Mundo a não discursar na abertura do evento, precaução tomada justamente pela histórica indisposição paulista e, principalmente, paulistana, em relação aos governos do PT e à própria seleção, constantemente vaiada quando se apresenta na cidade.
Nesta quinta, nas duas entradas para os torcedores da Arena Corinthians, já havia sinalização de que o clima nas arquibancadas seria hostil: jovens mulheres distribuíam uma "cartilha" contra a corrupção que, quando desdobrada, se transformava em cartaz com os dizeres "fora corruPTos", com a estrela do PT no meio da palavra. Os cartazes disfarçados burlavam a regra da Fifa, que proíbe cartazes com mensagens políticas durante os jogos da Copa do Mundo.
Os preços de até R$ 990 pelas cadeiras mais caras e de R$ 160 para o setor mais barato (mas com a menor quantidade de assentos disponíveis) apontam ainda para uma grande elitização da maioria do público presente à abertura da Copa, outro fator que piora a receptividade à presidenta: de acordo com a pesquisa Vox Populi de abril deste ano, a parcela da população que tem renda de mais de cinco salários mínimos é a que mais desaprova o governo Dilma (42% consideram o governo ruim/péssimo) em contraste com a população de renda inferior a dois salários mínimos, onde o índice de aprovação é o maior (40% consideram o governo bom/ótimo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário