Colunista social do Estadão adere ao
coro no camarote do Itaquerão e Copa vira palco da campanha
Contra o poder da imagem acima, as manchetes abaixo (montagem do 247)
O problemão que Lula criou para Dilma
Ao trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2007, num momento em que o país bombava e tudo dava certo, o ex-presidente Lula não calculou que sete anos depois as coisas poderiam estar diferentes.
Mais: não se ligou que Copas do Mundo não são para o povão, mas apenas para quem pode pagar caro por um ingresso nos novos estádios erguidos a peso de ouro para recebê-las.
Eis que a bomba explodiu no colo de sua sucessora, pouco familiarizada com a mal vista cartolagem do futebol.
Se Dilma Rousseff soube guardar profilática distância de Ricardo Teixeira e, agora, de José Maria Marin (ninguém o viu perto dela ontem) , nem por isso ela evitou a hostilidade da torcida endinheirada que esteve na Arena Corinthians.
Se em Brasília, na abertura da Copa das Confederações, a presidenta foi vaiada, em São Paulo foi xingada mesmo, com palavrões típicos de quem tem dinheiro, mas não tem um mínimo de educação, civilidade ou espírito democrático.
Ninguém precisava aplaudi-la e até mesmo uma nova vaia seria do jogo.
Mas os xingamentos raivosos foram típicos de quem não sabe conviver com a divergência, mesmo em relação a uma governante legitimamente eleita pelo povo brasileiro.
A elite branca tão bem definida pelo insuspeito ex-governador paulista Cláudio Lembo, mostrou ao mundo que é intolerante e mal agradecida a quem lhe proporciona uma Copa do Mundo no padrão Fifa.
Que os próximos governantes aprendam a lição.
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PS1 do Viomundo: Do site do PSDB, sob o título Pela primeira vez, há uma chefe de Estado sem condições de se apresentar à população, diz Aécio sobre Dilma no Mundial:
O senhor esperava a reação que houve?
Não, nem torço por isso. Mas acho que é o sentimento que existe hoje no Brasil. Não em relação à própria presidente em especial, mas a tudo que vem acontecendo no governo. Acho que a realidade é que temos hoje uma presidente sitiada, só pode aparecer em público muito protegida.
Não é por acaso que o PSDB está determinado a defender no STF o direito à manifestação nos estádios da Copa: sabe que o público elitizado, presente, pode ajudá-lo a produzir sons e imagens para a campanha eleitoral antecipada, ao mesmo tempo em que descreve Dilma na defensiva, acuada, com medo dos eleitores. A “Finlândia” do título foi definição do jornalista José Trajano, da ESPN (veja o vídeo abaixo):
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