segunda-feira, 9 de junho de 2014

Aécio “desova” Eduardo


Campos. Ele já cumpriu


seu papel...

Fernando Brito                          
               aedudu
Aécio Neves diz que “não vai perder tempo com indelicadezas” de Eduardo Campos.
A reação, segundo a Folha, foi os comentários do ex-governador de Pernambuco de que o mineiro não gostaria de trabalhar.
E ainda teve o (ex?) assessor de Campos fazendo graça, na linha Serra, como o “Vai ter Coca”, divulgado nas redes sociais.
Em São Paulo, não vai ter Marina e, em Minas e no Rio, talvez nem candidato tenha, do jeito que a coisa vai e se o Governo e Lindberg Faria tiverem a inteligência de não fazerem de Garotinho um inimigo, porque ele sabe perfeitamente que nem Aécio nem Campos são capazes de reduzir suas dificuldades com a classe média e a zona sul. Não é nisso que Garotinho aposta, mas no interior, na periferia e nas áreas pobres do Rio de Janeiro.
Campos, agora, se quiser sobreviver eleitoralmente, terá de se voltar contra o seu companheiro de jantares no Fasano.
Haverá espaço para uma única candidatura de direita e é este espaço que Campos tentará ocupar à base da desconfiança em relação à figura de Aécio Neves.
Aécio, por sua vez, não vai se incomodar com Eduardo Campos.
No primeiro turno, ele sabe, tanto faz que seu potencial eleitor vote no pernambucano, desde que ajude a não deixar Dilma ter maioria absoluta.
É por isso que o principal problema de Campos é, agora, enfrentar uma maior presença de Dilma e Lula no Nordeste, que são os lugares onde Campos tem voto popular, que migra para Dilma e não para Aécio, como são os da maioria dos eleitores “campistas” nos grandes centros e na classe média.
Eduardo Campos está espremido pela necessidade eleitoral e pela inviabilidade de uma candidatura que só sobrevive nos índices inflados com que aparece nas pesquisas.
Ou aparecia, porque, com todos os arranjos, já não é possível sustentar que ele tem dois dígitos nas intenções de votos.
É o preço que pagou por sua ambição.
Embora a enxurrada de pesquisas que virá esta semana seja um evento muito mais de propaganda – já que o “fracasso” da Copa não fracassou – é inevitável que Eduardo Campos vá voltando  eleitoralmente ao 'nada'.

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