terça-feira, 10 de junho de 2014

A Copa das Copas

'A Copa das Copas', como carinhosamente a batizamos, será também a Copa pela paz e contra o racismo, pela inclusão e contra todas as formas de preconceito 

Dilma Rousseff (*)         

Friedemann Vogel/Fifa/Getty Images
Brasília -  O artigo assinado pela presidente Dilma Rousseff, no domingo-8, em defesa da Copa do Mundo no Brasil repercutiu na imprensa estrangeira, com a publicação do texto em jornais dos países que enviaram atletas para o mundial esportivo, além de China e África do Sul.

Já foram relatadas ao governo brasileiro, pelas respectivas embaixadas nos países, as publicações feitas por jornais de Nigéria, Argélia, Grécia, Alemanha, Suíça, Colômbia, Argentina, Holanda, Portugal, Inglaterra, Espanha, México, Uruguai, Rússia, França, China, Itália, Honduras, Japão, Estados Unidos, Chile e Bósnia e Herzegovina.

Conheça abaixo o vídeo da canção oficial do programa "De Zurda" ('De canhota'), da TeleSul(TeleSUR)(*)  , no qual Maradona, Junto com Víctor Hugo Morales, narrarão todos os detalhes do mundial de futebol no Brasil. "Quando o mundo estiver ao contrário, é melhor pegá-lo de esquerda e vamos celebrar a festa até que saia o campeão", diz a letra.

                           


A Copa das Copas



Por Dilma Rousseff (*)

A partir desta quinta-feira, os olhos e os corações do mundo estarão voltados para o Brasil. Trinta e duas seleções, representando o melhor do futebol mundial, estarão disputando a Copa do Mundo, a competição que de quatro em quatro anos transforma a todos nós em torcedores.

É o momento da grande festa internacional do esporte.  É também o momento de celebrarmos, graças ao futebol, os valores da competição leal e da convivência pacífica entre os povos. É a oportunidade de revigoramos os  valores humanistas de Pierre de Coubertin. Os valores da paz, da concórdia e da tolerância.

A "Copa das Copas", como carinhosamente a batizamos, será também a Copa pela paz e contra o racismo, a Copa pela inclusão e contra todas as formas de preconceito, a Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo, do entendimento e da sustentabilidade.

Organizar a Copa das Copas é motivo de orgulho para os brasileiros. Fora e dentro de campo, estaremos unidos e dedicados a oferecer um grande espetáculo. Durante um mês, os visitantes que estiverem em nosso país poderão constatar que o Brasil vive hoje uma democracia madura e pujante.

O país promoveu, nos últimos doze anos, um dos mais exitosos processos de distribuição de renda, aumento do nível de emprego e inclusão social do mundo. Reduzimos a desigualdade em níveis impressionantes, elevando, em uma década, à classe média 42 milhões de pessoas e retirando da miséria 36 milhões de brasileiros.

Somos também um país que, embora tenha passado há poucas décadas por uma ditadura, tem hoje uma democracia vibrante. Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos harmonicamente com manifestações populares e reivindicações, as quais nos ajudam a aperfeiçoar cada vez mais nossas instituições democráticas.

Em todas as 12 cidades-sedes da Copa, os visitantes poderão conviver com um povo alegre, generoso e hospitaleiro. Somos o país da música, das belezas naturais, da diversidade cultural, da harmonia étnica e religiosa, do respeito ao meio ambiente.

De fato, o futebol nasceu na Inglaterra. Nós gostamos de pensar que foi no Brasil que fez sua moradia. Foi aqui que nasceu Pelé, Garrincha, Didi e tantos craques que encantaram milhões de pessoas pelo mundo.   Quando a Copa volta ao Brasil depois de 64 anos é como se o futebol estivesse de volta para a sua casa.

Somos o País do Futebol pelo glorioso histórico de cinco campeonatos e pela paixão que cada brasileiro dedica ao seu clube, aos seus ídolos e a sua seleção. O amor do nosso povo por esse esporte já se tornou uma das características de nossa identidade nacional. Para nós o futebol é uma celebração da vida.

Em nome de 201 milhões de brasileiras e brasileiros, estendo as boas-vindas aos torcedores  e a todos os visitantes que vierem ao Brasil compartilhar conosco a "Copa das Copas".

(*) Presidenta da República Federativa do Brasil

(*) A Televisión del Sur (TeleSur) é uma rede de televisão multiestatal (ou seja, de vários governos) para a América com sede na Venezuela. Iniciou suas transmissões em 24 de Julho de 2005, aniversário de nascimento de Simón Bolívar. O canal, cujo lema é "Nuestro Norte es el Sur" (Nosso Norte é o Sul), foi criado numa parceira que é financiada pelos governos da Venezuela, Cuba,Argentina e Uruguai.

A Telesul ou teleSUR, em castelhano, é um canal televisivo que "nasce de uma evidente necessidade latino-ameircana: contar com um canal que permita a todos os habitantes desta vasta região difundir seus próprios valores, divulgar sua própria imagem, debater suas próprias ideias e transmitir seus próprios conteúdos, livre e equitativamente".
A Telesul é uma iniciativa do Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, junto aos governos de Cuba, Argentina e Bolívia, que visa dar uma alternativa comunicacional para toda a América Latina e Caribe, em resposta à hegemonia das grandes corporações estadunidenses, como a CNN e outras emissoras que transmitem em espanhol desde Miami e Atlanta (do Wikipédia).


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