terça-feira, 25 de novembro de 2014


 “Jet Wash  Operation”


 dos EUA:  a corrupção

 

que não se publica aqui

Fernando Brito                        
              JETWASH
Outro dia, em sua coluna, Merval Pereira sugeria como remédio para a corrupção a abertura do mercado brasileiro (que já é aberto, claro) para as empreiteiras norte-americanas.
E ontem, o Globo deu (aqui) manchete para um comentário que, apesar de genérico, foi apresentado como uma ameaça de punição à Petrobras feita pela procuradora-geral assistente do Departamento de Justiça dos EUA, Leslie Caldwell, durante uma apresentação na semana passada.
Abstraindo-se o fato de que a Petrobras, como qualquer companhia que negocie ações na Bolsa de Nova York, está sujeita aos controles financeiros daquele país, é curioso ficar sabendo que a entrevista da procuradora norte-americana é sobre a corrupção praticada pelas empresas dos EUA em outros países, como ficamos sabendo pela reportagem do correspondente da Carta Capital nos Estados Unidos, Eduardo Graça(http://amggoes.blogspot.com.br/2014/11/corrupcao-nas-forcas-armadas-torna-se.htm).
Mais especificamente, sobre os US$ 31 bilhões desviados dos cofres públicos que estão sendo investigados em 237 processos de fraude e malversação praticados em conluio com o “complexo industrial-militar”, desde negócios na Guerra do Iraque, boa parte com empreiteiras contratadas para serviços de engenharia, até maracutaias na manutenção dos helicópteros que transportam Barack Obama.
Evidente que não há justificativa para roubar dinheiro público, seja em reais ou em dólares.
Mas é bom vermos, para que se evite a hipocrisia e o “complexo de vira-latas” que corrupção é própria (e imprópria) de um qualquer sistema de contratos públicos, em toda a parte do mundo.
O que não é possível é que, aqui, fiquem impunes, exceto quando turbinados por razões políticas.
Ou você lembra de algum que tenha dado condenação, afora o chamado “mensalão”?

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