As apostas em
torno de
Joaquim Levy e da
pauta fiscal
(Luis Nassif)
No Seminário “O Papel dos Bancos Públicos” – organizado pelo Jornal GGN -, os economistas convidados trouxeram ângulos relevantes para analisar a função de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda do governo Dilma.
Economista da Unicamp, ex-diretor da Caixa Econômica Federal, Fernando Nogueira da Costa conviveu com Levy, quando este presidia o Conselho da CEF. Descreve-o como o funcionário público exemplar, dono de uma capacidade de trabalho inesgotável.
Colega de Levy no Bradesco, Otávio de Barros – economista-chefe do banco – garantiu que ele não é um ortodoxo radical e que tem ideias muito claras sobre a importância de se reduzir as taxas de juros no país. E que certamente definirá um plano de ajuste fiscal gradativo, sem medidas heroicas.
O economista Antônio Correa de Lacerda esposa tese semelhante.
O tamanho do ajuste é inversamente proporcional ao da credibilidade da equipe econômica. Quanto maior a credibilidade, menor será a necessidade de um ajuste rigoroso de curto prazo.
Levy garante essa credibilidade. Logo, poderá abrir espaço para um ajuste gradativo, nos moldes propostos por Nelson Barbosa, que será seu colega no Planejamento.
Por outro lado, Barbosa tem bom conhecimento dos fatores de desenvolvimento de médio prazo. Por isso, será criterioso na definição dos cortes fiscais.
Os três economistas concordam que há um enorme conjunto de fatores que permitirão deslanchar a economia, assim que se reverta o pessimismo dos agentes econômicos.
Para Otávio, um semestre poderá ser o suficiente.
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