Alberto Youssef, ao que parece, transformou-se no oráculo de verdade, de tal forma que seu advogado, Marco Antonio Figueiredo Basto partiu para o ataque, desafiando(AQUI) o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, por suas declarações de que era “preciso parar” com os vazamentos seletivos da provável “delação premiada” do doleiro.
Agora à tarde, na Folha, Basto diz que Janot, “está “politizando” a operação Lava Jato ao acusá-lo de ter feito vazamentos de delações antes das eleições e de “operar” para o PSDB”.
“Jamais fiz qualquer vazamento e nunca fui ligado a partido político. Seria ingênuo imaginar que eu tentei influenciar o processo eleitoral”, rebateu Figueiredo Basto.
(…) Desafio Janot a provar as acusações que fez. Nunca operei para ninguém. Aliás, gostaria de saber o que ele quer dizer com operar.”
O Dr. Basto pode ter razão em alegar que foi advogado de Beto Richa e de outros figurões do PSDB paranaense num papel estritamente profissional.
Ou que seu filho, Marco Antonio, tenha um cargo comissionado no governo(tucano) paranaense, certamente por seus méritos.
Mas isso não serve para explicar porque o ilustre defensor do doleiro foi nomeado pelo governador membro do Conselho de Administração da estatal Sanepar, cargo que deixou ao assumir a defesa de Youssef.
Aliás, é curiosíssima a sucessão de coincidências neste caso. O réu, o juiz e o advogado de defesa são os mesmos(AQUI) de 11 anos atrás, quando aconteceu a primeira delação premiada de Youssef, o novo oráculo da verdade absoluta.
Mundo pequeno este, não é?
E quanto a falar em politização, Doutor, não foi o senhor o primeiro(AQUI) a suspeitar dela, quando uma das testemunhas citou o PSDB como também beneficiário das propinas?
E não foi uma referência geral, tanto que o senhor mesmo frisou: “estou afirmando” que ” influência estranha nesse processo, de terceiro, que tem interesse eleitoral em usar essa instrução”.
Seria muito bom que todo mundo pudesse saber que 'outros interesses' estão por trás desta questão...
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