Num tom deliberadamente pouco gentil, o ministro indicado da Fazenda anunciou, de forma muito objetiva, o seu programa para a economia.
Anunciou uma meta de 1,2% do PIB para 2015 e 2% (talvez pouco mais, dependendo das condições econômicas) para 2016 e 2017.
O “mercado” não gostou, mas engoliu em silêncio: esperava mais, porque por ele Governo existe para pagar juros.
E uma meta modesta de superávit – um terço do que costumava ser nos “áureos tempos” de FHC e no primeiro governo Lula – significa que não haverá uma louca escalada dos juros, principal despesa pública.
É mesmo mais baixa do que foi em três dos quatro anos do Governo Dilma.
Disse que Levy foi pouco gentil porque fez uma desnecessária referência à uma suposta falta de transparência na contabilidade pública.
No mais, foi cauteloso e respeitoso, evitando o estilo “prendo e arrebento” que parte da imprensa esperava dele.
E negou a possibilidade de um “choque econômico”, insistentemente cobrado.
Claro que é cedo para ver a extensão das medidas, até porque tudo foi muito vago – Levy destacando o crescimento da poupança e Nélson Barbosa o dos investimento – o que foi mencionado.
Elas ficam para a semana que vem e, sobretudo, pela decisão do Copom, semana que vem, para definir os juros.
Ah, um detalhe a mais: Tombini praticamente garantiu que o BC não vai forçar uma baixa artificial do dólar, mesmo com o prejuízo disso traz ao combate da inflação, ao dizer que considera “suficientes” as operações cambiais feitas até agora.
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