domingo, 16 de novembro de 2014

Privataria   tucana’,           pano  de   fundo  da  Operação 'Lava Jato’

Samuel Dourado        Luis Nassif Online imagem de Samuel Dourado

                       
Essa operação "LAVA-FATO" da PF, porque pinçada do lixo remanescente  da caixa de pandora do ouro negro, extraído das investigações tardias e selecionadas por políticos oportuno-golpistas, é  insuficiente para refletir a realidade da corrupção entranhada nas vísceras da política brasileira; tendo no financiamento de campanha por empresas  a expressão mais visível desse submundo. Mas não é só. 
As estatais brasileiras e entre elas a mais relevante, a Petrobrás e, especialmente aquelas mais cobiçadas pelo capital oligopolista internacional, sofrem, e passam por enorme pressão, para que o seu patrimônio sofra abalos de ordem econômica e de credibilidade. O mercado real insuflado pelo mercado golpista de opinião, comemora o constrangimento causado ao governo e aprofunda as elocubrações conspiratórias, na busca do domínio hegemônico dessas fontes de riqueza e renda.
Os tempos são outros. É tempo de apuração de corrupção, de renovação e transparência na gestão pública.
Nos tempos da PRIVATARIA TUCANA, o capital hegemônico tinha no Poder Executivo seu fiel escudeiro, com interesses garantidos por uma elite entreguista. Só não privatizaram a 'Petrobrax', por falta de tempo e da luta de uma oposição aguerrida.
Os que 'operavam' nos bastidores do poder, na era FHC, tratavam as privatizações como todos sabem, "no limite da irresponsabilidade".
Quando  Lula ganhou as eleições de 2002 e tomou posse em 2003, foi alertado, juntamente com  Dilma, sobre os planos sórdidos das multinacionais em relação ao petróleo. Que essencialmente consistia em decidirem ao seu bel-prazer o destino da riqueza petrolífera aqui gerada. Ou seja, um fluxo constante de riqueza levado pra fora, apropriando-se de nossos recursos naturais e do suor dos brasileiros.
Há que se reler dois livros essenciais - A PRIVATARIA TUCANA, de Amaury Ribeiro, e BRASIL PRIVATIZADO, de  Aloysio Biondi - ao deslinde da real postura da atual oposição golpista capitaneada pelos tucanos. Esses livros, entre outros, nos dão uma idéia mais realista do quanto o governo FHC e seus seguidores impuseram de atraso no desenvolvimento socioeconômico brasileiro. 
Edição de 2009 da revista PIAUÍ  traz uma reportagem, em que  Guilherme Estrela, servidor público de carreira na Petrobrás, alertava  Lula e  Dilma, sobre os planos das multinacionais, com subsídio tucano, para se apropriarem do petróleo do pré-sal.
A história é digna de roteiro de filme do james bond, com diretores cooptados pelas 'multis', que debandavam levando mapas e informações sobre os estudos desenvolvidos pela Petrobrás, sobre a descoberta do pré-sal. 
Houve, também, sumiço de maleta com computador(sob os cuidados de multinacional com sede nos EUA), que guardava segredos do referido pré-sal.
A mudança de paradigma, de um governo entreguista - em que o 'príncipe' garantidor do saque mantinha seu (ex-)genro David Zilberstein na ANP, com o objetivo de avalizar o assalto - para um governo popular, causou alvoroço na elite branca, que cuidou de levar o que podia, para garantir seu futuro passo.
O fato é que essa mesma elite, que nunca engoliu o PT, tenta desesperadamente voltar ao poder, especialmente agora que o país se revela potencialmente mais robusto no médio prazo, haja vista o potencial multiplicador do pré-sal aliado a uma política industrial de dentro pra fora.
Ver o país se desenvolver de forma inclusiva, gerando e distribuindo renda, sem poder abocanhar uma fatia ponderável desse resultado, para fruição de suas regalias utilitaristas, de seus privilégios elitistas, faz com que essa oposição golpista espume feito cachorro louco, que não bebe água, mas petróleo.

Nenhum comentário: